26 de junho de 2012

Me esqueci de te esquecer, por quê?

Olá!! Você já teve a impressão ou a certeza, alguma vez na sua vida, de que havia encontrado a sua alma gêmea, um amor capaz de te fazer perder o chão e fazer as maiores loucuras? Que tenha te despertado tantas emoções, principalmente boas, e que parecia que seria para sempre, mas que, de repente, você se viu tomando rumos diferentes da outra pessoa e se afastaram com a mesma intensidade? Bom, o post de hoje falará sobre isso, sobre um grande amor, sobre a alma gêmea, mas com realidade, pois dizem que nós não ficamos com o amor da nossa vida, que ele passa e deixa grandes marcas. Será mesmo?


Aqui deixo o convite para curtirem a página do blog no facebook e continuarem a mandarem as suas sugestões para o email avidaemmiudos@gmail.com ou no facebook mesmo. Um grande beijo e boa leitura.


"Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de Ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência."
- William Shakespeare


Enquanto me balançava no ritmo de uma música de gosto meio duvidoso, te vi. Congelei. Todos os meus músculos pararam de responder ao meus estímulos voluntários e involuntários. Na minha cabeça passaram todos os momentos que tivemos juntos. Todas as promessas que não foram feitas. Os medos e os súbitos momentos de coragem.

Os meus amigos continuaram as suas danças descompassadas e coreografias descoreografadas, principalmente, por mim. Você me viu e meus olhos se desviaram para o palco e me escondi atrás do grupo de pessoas que estava no meio de nós. Improvável que eu conseguisse fazer com que você não me visse. Meus cabelos, agora metade vermelhos, me destacavam no meio da multidão de curiosos daquela cidade pequena que se perguntavam de onde eu era. Nativa, com certeza, não.

Percebi que você também congelou quando me viu. A cerveja ficou estacionada em sua mão esquerda, onde seus dedos se fechavam tensos, quase a amassando. Sua dança perdeu o ritmo. Seus olhos não conseguiam disfarçar o que os anos te privaram de viver. A menina ao seu lado, de cabelos loiros feito o sol, se mordeu de ciúme. 

Saí correndo do lugar, me escondi, queria me livrar de todas as memórias, as descobertas e dos sentimentos que a sua pessoa me fazia sentir. Era frio, calor, admiração, encantamento, estômago gelado e uma paixão que emanava com meu suor...

Oh, grande primeiro amor meu, tomei mais uma lata de cerveja e um líquido até então desconhecido: a tequila. E me esqueci de que ali estávamos nós dois no mesmo cenário onde nos conhecemos, onde tínhamos trocado nosso primeiro beijo. Chovendo, novamente. No mesmo dia. Marcando, exatamente, dois anos que tínhamos cruzado as nossas vidas pela primeira vez! É, na verdade, eu tinha a esperança de me esquecer disso tudo, mas era impossível.

Memórias percorriam a minha em passos largos e despertavam todos os momentos que havia te esperado, te desejado, imaginado e tido com você. Inclusive, o pranto. Aquele que me feriu profundamente e me fez chorar três horas seguidas de lágrimas salgadas e desesperadas, quando descobri que tinha arranjado uma namorada. Isso porque eu tinha me prometido nunca chorar por homem algum! Primeira das vezes que mordi a minha língua. Iniciei uma busca desmedida por qualquer resquício seu em meus perfis em redes sociais, suas mensagens guardadas com carinho, seu número de celular. Apaguei todos eles.

Engoli em seco todos os bons momentos e a dor se instaurou em meu peito. Olhei ao meu redor, saí sem direção, não podia mais te ver. Então, aquele seu amigo gente boa veio conversar comigo, deu o maior mole, e eu o beijei. Não foi tão bom assim, mas me dediquei para ser o melhor possível, o melhor beijo do mundo. Mas não foi, não foi porque ele não era você. E as emoções não apareceram, a dor não passou. O beijo não durou. Nem segurei a mão dele. Larguei. Larguei de mão, de amigo, de sorte e de azar.

E, a partir daquele dia, segui um caminho errante, experimentando novos beijos, novas histórias que não perduraram e que me prenderam ainda mais a você, durante certo tempo. Nunca mais te vi. Hoje, não mais congelarei quando te encontrar por aí. Nenhuma das emoções será incontrolável. Nem sequer lembrarei do gosto doce do seu beijo. Ou das suas mãos quentes percorrendo o meu corpo. Ou dos seus olhos com brilho de diamante e cor de folha seca... Quer testar? Bom, pensando bem, acho melhor que não...

2 comentários:

  1. Você ainda o ama, mas voltar me parece, impossível, não sei bem o que aconteceu, mas os dois erraram, os dois se distanciaram, por algo que hoje talvez nem lembra-se o porque. Mas se você acha que vale a pena tentar encontrar ele em outra pessoa, é uma opinião sua, a minha é de que não existe ninguém igual a ninguém.

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  2. E que ele a quem você se refere no texto é único.

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