Olá!! Você já teve a impressão ou a certeza, alguma vez na sua vida, de que havia encontrado a sua alma gêmea, um amor capaz de te fazer perder o chão e fazer as maiores loucuras? Que tenha te despertado tantas emoções, principalmente boas, e que parecia que seria para sempre, mas que, de repente, você se viu tomando rumos diferentes da outra pessoa e se afastaram com a mesma intensidade? Bom, o post de hoje falará sobre isso, sobre um grande amor, sobre a alma gêmea, mas com realidade, pois dizem que nós não ficamos com o amor da nossa vida, que ele passa e deixa grandes marcas. Será mesmo?
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Enquanto me balançava no ritmo de uma música de gosto meio duvidoso, te vi. Congelei. Todos os meus músculos pararam de responder ao meus estímulos voluntários e involuntários. Na minha cabeça passaram todos os momentos que tivemos juntos. Todas as promessas que não foram feitas. Os medos e os súbitos momentos de coragem.
Os meus
amigos continuaram as suas danças descompassadas e coreografias
descoreografadas, principalmente, por mim. Você me viu e meus olhos se
desviaram para o palco e me escondi atrás do grupo de pessoas que estava no
meio de nós. Improvável que eu conseguisse fazer com que você não me visse.
Meus cabelos, agora metade vermelhos, me destacavam no meio da multidão de
curiosos daquela cidade pequena que se perguntavam de onde eu era. Nativa, com
certeza, não.
Percebi que
você também congelou quando me viu. A cerveja ficou estacionada em sua mão
esquerda, onde seus dedos se fechavam tensos, quase a amassando. Sua dança
perdeu o ritmo. Seus olhos não conseguiam disfarçar o que os anos te privaram
de viver. A menina ao seu lado, de cabelos loiros feito o sol, se mordeu de
ciúme.
Saí
correndo do lugar, me escondi, queria me livrar de todas as memórias, as
descobertas e dos sentimentos que a sua pessoa me fazia sentir. Era frio,
calor, admiração, encantamento, estômago gelado e uma paixão que emanava com meu
suor...
Oh, grande
primeiro amor meu, tomei mais uma lata de cerveja e um líquido até então
desconhecido: a tequila. E me esqueci de que ali estávamos nós dois no mesmo
cenário onde nos conhecemos, onde tínhamos trocado nosso primeiro beijo.
Chovendo, novamente. No mesmo dia. Marcando, exatamente, dois anos que tínhamos
cruzado as nossas vidas pela primeira vez! É, na verdade, eu tinha a esperança
de me esquecer disso tudo, mas era impossível.
Memórias
percorriam a minha em passos largos e despertavam todos os momentos que havia
te esperado, te desejado, imaginado e tido com você. Inclusive, o pranto.
Aquele que me feriu profundamente e me fez chorar três horas seguidas de
lágrimas salgadas e desesperadas, quando descobri que tinha arranjado uma
namorada. Isso porque eu tinha me prometido nunca chorar por homem algum! Primeira
das vezes que mordi a minha língua. Iniciei uma busca desmedida por qualquer resquício seu em meus perfis em redes sociais, suas mensagens guardadas com carinho, seu número de celular. Apaguei todos eles.
Engoli em
seco todos os bons momentos e a dor se instaurou em meu peito. Olhei ao meu
redor, saí sem direção, não podia mais te ver. Então, aquele seu amigo gente
boa veio conversar comigo, deu o maior mole, e eu o beijei. Não foi tão bom
assim, mas me dediquei para ser o melhor possível, o melhor beijo do mundo. Mas
não foi, não foi porque ele não era você. E as emoções não apareceram, a dor
não passou. O beijo não durou. Nem segurei a mão dele. Larguei. Larguei de mão,
de amigo, de sorte e de azar.
E, a partir
daquele dia, segui um caminho errante, experimentando novos beijos, novas
histórias que não perduraram e que me prenderam ainda mais a você, durante
certo tempo. Nunca mais te vi. Hoje, não mais congelarei quando te encontrar
por aí. Nenhuma das emoções será incontrolável. Nem sequer lembrarei do gosto
doce do seu beijo. Ou das suas mãos quentes percorrendo o meu corpo. Ou dos
seus olhos com brilho de diamante e cor de folha seca... Quer testar? Bom,
pensando bem, acho melhor que não...
Você ainda o ama, mas voltar me parece, impossível, não sei bem o que aconteceu, mas os dois erraram, os dois se distanciaram, por algo que hoje talvez nem lembra-se o porque. Mas se você acha que vale a pena tentar encontrar ele em outra pessoa, é uma opinião sua, a minha é de que não existe ninguém igual a ninguém.
ResponderExcluirE que ele a quem você se refere no texto é único.
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