25 de junho de 2012

{21} Dias Contados: Brasil, mostra a sua cara!


Olá, pessoal! Hoje é segunda-feira, dia da Série Dias Contados, aqui no A vida em miúdos! Hoje descobriremos se Danilo é o pai do filho de Laura. Raquel continua no intercâmbio e tem muita coisa para contar. Na próxima quinta, será o último texto desta "temporada". Aproveito para dizer que virão MUITAS novidades e uma nova amizade que vai mostrar para Raquel um jeito de ver a vida de um modo BEM diferente. 

Deixo o convite para curtirem a página do blog no facebook e continuem mandando suas sigestões para o email avidaemmiudos@gmail.com. Um grande beijo e boa leitura!

"Ela não é do tipo que se nota quando passa na rua. Ela é bem normal, aliás. Tem uma beleza moderada e o sorriso dela não é de tirar o fôlego. Ela é como todas as outras, até você conversar. Ela tem um tipo diferente de falar, aliás, ela fala muito. Ela é diferente. Ela é tímida quando não conhece alguém, mas se você conhecê-la, te juro, não vai conseguir parar de rir. E ela não se importa se não for notada pelo mundo, porque o único mundo que ela se importa, é o seu." - Ivalentim


- E aí? Já contou pra ela?

-  Pra quê? – Quatro fatias de limão... Duas colheres de açúcar. Agora a dose de vodka. Espremer bastante. Esse era aquele cara que curte mais doce, ou mais azedo? Droga. Vou colocar mais uma colher, foda-se. Gelo. Sacode. Copo. Mais gelo. Pronto. - Não vai fazer diferença...

- Claro que vai! Afinal foi esse o motivo por tudo ter desandado. – Mesmo de costas para ela, dava pra imaginar a cara dela de desagrado. Já enrolava á semanas em dar a notícia.

- É, mas ela está lá... E eu aqui.Nessa loucura!Oi? Pode falar.

- Por favor... Um... Qual o nome mesmo? Aaaah... Sexy on the beach! – Essa aí já bebeu o suficiente. Vou colocar menos vodka dessa vez. Sempre achei que isso aqui fosse ficar mais fácil com o tempo. Mas... Fazer drinks numa festa é sempre uma surpresa atrás da outra. E esse mês tava sendo uma festa atrás da outra, janeiro era o mês das festas. E do dinheiro! Eu tinha, no mínimo, uma festa por fim de semana até o final do mês.

- Mas ela vai voltar... – Disse Bia. Será? Já fazia meses que Raquel havia viajado. E que Victor havia nascido. E eu não era o seu pai. Um peso tinha sido retirado das minhas costas. E uma dúvida havia se formado. E agora?

Não havia mais Laura. Fui atencioso e presente até o dia em que ela me ligou, me encontrou e me contou que o filho realmente não era meu. Não havia, ou queria mais qualquer obrigação com ela. O sol ardia intenso no céu no dia da minha libertação, e algo em mim havia se acendido. Esperança. Mesmo nos afastando um nome ainda me vinha à mente. Lembranças me vinham à mente. E cada vez que tentava fugir dessas imagens, mais elas vinham.  Agora não havia mais porque tentar enterrar-las.

Não havia mais Elisa. Não que não voltasse a nunca mais ver ela, pelo contrário. Mas em uma dessas festas em que fui trabalhar, ela estava lá. Fiz o possível para não deixá-la bêbada. O possível. E a fiz ficar até o fim do meu turno para podermos conversa. Não que realmente precisássemos. Mas senti naquele dia do aeroporto que ela ainda queria respostas. E as dei... No final eu recebi um abraço apertado e um estalinho, sem querer. E ainda consegui vê-la sorrir. Fui pra casa sendo zuado por Bia, mas com a consciência tranqüila.

Mas havia ainda Raquel. Eu me deixei apaixonar quando o que mais queria era ficar só. Deixei os dados rolarem e a sorte decidir quando eu tinha que escolher. E entre erros e acertos. Depois de tudo. Das cervejas. Do jantar. Da festa. Do blackout. Do mar. Do almoço. Das pedras. E da despedida. Eu ainda a queria. Tempo havia passado, coisas haviam acontecido, mas ainda assim... Tudo isso, de nada teria servido se não tivesse sido por amor. Amor que fez meses parecerem anos.  Conversas no telefone de minutos parecerem horas. E beijos parecerem os últimos. Mostraram-me que era ela. A certa pra mim.

- Terra para Danilo! Terra chamando! Danilo? – Estalando os dedos ao pé do meu ouvido, Bia me tirava do transe, me lembrando que já eram seis da manhã e tínhamos que ir.

-Nossa, desculpa.” Tava” viajando aqui... Vamos logo então, minha cama nos espera. – confuso em lembranças e imagens, disse nos em vez de me – Éééé, quero dizer...

Ela riu e sorriu. Socou-me o braço, pulou uma poça de chuva e disse:

- Você não cansa de dar em cima de mim não? Esqueceu da minha regra?

- Aquela regra idiota? – Ri, não havia o que fazer, apenas – Troquei as palavras. Relaxa. É que estava pensando em outra pessoa. – Quando conheci Bia, mais uma vez, por acidente numa festa. Ela estava radiante, com aqueles cabelos tocados pelo fogo, e no dia eu estava mais corajoso que o normal. Bêbado. Ou quase. Então decidi chegar nela. Conversa vai, conversa vem, inocentemente soltei que era muito amigo de um cara, ex dela. Quando disse o nome e numa troca de informações rápida, ela confirmou que era a mesma pessoa, e ela simplesmente caiu num silêncio... E disse que tinha que me contar uma coisa. Ela tinha uma regra: Não fico com amigos de ex. Pego de surpresa. Ri. E ri mais, em menos de quinze minutos ela havia me deixado mais sem graça do que qualquer outra pessoa já havia conseguido. E em menos de duas horas de festa parecíamos amigos de infância. E desde então ficamos próximos, íntimos, amigos. Não fiz menção mais de chegar nela, e com isso nos tornamos... Inseparáveis.

- Relaxa você, Eis – Ela brincava com o seu sobrenome Feuer, que significa fogo em português. E me chamava de Eis, que é o mesmo que gelo. Éramos como gelo e fogo. Os opostos que haviam se atraído. – Ela vai voltar...

Mas será que era pra mim? Seis meses. Muito tempo. Muitos eventos. Muitas pessoas. Afinal eram os EUA, ou também conhecido de “Novo Mundo”. Aquela despedida as avessas não tinha ajudado. Mal mantínhamos contato. E agora faltando pouco tempo para ela voltar, ela havia começado um tour pelo país, e assim o que era pouco, se tornou raríssimo. E o que eu achei que havia se apagado, se acendeu. Mas só me restava esperar... Mas pelo o que?

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