4 de julho de 2012

A Cura.


Olá, pessoal, hoje estou acometida por uma virose e o texto foi influenciado pelo meu estado físico. Espero que gostem!

No mais, deixo o convite para curtirem a página no facebook e para continuarem mandando suas críticas e sugestões para o e-mail avidaemmiudos@gmail.com. Um grande beijo!



"O costume de cair endurece o corpo, ter chegado ao chão, só por si, já é um alívio." - José Saramago

Gira o mundo mais uma vez, giro a cabeça do lado direito para o esquerdo do travesseiro macio, o meu preferido. Meu pescoço dói com uma intensidade ainda maior do que a minha lombar. O que diabos está acontecendo?

Procuro em meus arquivos da memória algo que poderia ter feito para me sentir daquele jeito. Então, percebo que o meu próprio perfume nos lençóis me dá náuseas. Não consigo mais me mexer sem que uma pontada aconteça em alguma parte do meu corpo, não tão esbelto e que não via o sol havia muito tempo. Tenho pavor de ficar na beira de piscinas fazendo o ritual da “fotossíntese”.

Procuro o relógio no criado mudo e bato a minha mão na quina, sinto um estalo num dos ossinhos, não me pergunte qual, pois sou péssima em biologia. São oito da manhã e eu nunca quis tanto que já fossem umas quatro da tarde, para o dia passar correndo e eu não tivesse mais nenhuma daquelas sensações.

Abri a gaveta em busca de algum remédio que pudesse me proporcionar algum alívio, nada! Dou de cara com uma foto de nós dois. Não, aquele não era o remédio que eu queria. Meus pêlos se arrepiam da cabeça ao pés, meu estômago revira! Era claro que nosso encontro no dia anterior era o responsável pelo que estava acontecendo.

Como eu insistia ainda em te ver? Você não tinha mudado, era apenas mais um amor que tinha passado, mexido com as minhas estruturas, feito milhões de promessas e não cumprido alguma delas!

Adaga no peito, enjoo no estômago, entranhas revirando e eu correndo para pedir socorro para o primeiro que acordasse. Rasguei o retrato, sentei-me com muita dificuldade na cama. Meu irmão apareceu na porta, deu um sorriso de bom dia, levantou seu braço para acenar, ele estava tão lindo, eu poderia morrer ali com aquele sorriso estampado em seus lábios. Caí para o lado, os pedaços da foto também. Meu irmão me segurou com seus braços esbeltos. Apaguei então, e fui salva desta doença, a que eu achava que meu organismo já estava imune: você!

3 comentários:

  1. melhoras e mande esses fantasmas pra bem bem longe !!! e a gripe também, temos planos não é? Beijos !!!

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  2. Puxa Fernanda! Se sua escrita nesta postagem fora afetada por uma moléstia, imagina quando você estiver totalmente recuperada? Muito bom seu texto. Inteligivelmente escrito, e evidencia o sentimento para quem o lê. Parabéns!

    Estou seguindo-te.

    Um beijo a você!

    Anselmo

    http://brevescronicas.blogspot.com.br

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    1. Olá, Anselmo! Muito obrigada pelas palavras de elogio! Agora me recuperei, vejamos como me saio, hahaha!

      Um grande beijo e te visitarei!

      =)

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