2 de abril de 2012

Despedida, sem mais. - nem menos.

O texto de hoje foi uma colaboração do amigo Felipe Dias que leu o "Amizade. Amor. Um. Dois." e sentiu vontade de dar um olhar diferente para essa história, o ponto de vista do rapaz. Eu, particularmente, amei! E você? 

"Então você está confusa com seus sentimentos. Ele apareceu tão de repente na sua vida, com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz, sem pedir coisa alguma..." - Antoine Saint-Exupéry


Às vezes me pego perguntando o que é “certo e errado”. Nunca cheguei à conclusão nenhuma. Mentira, uma vez eu cheguei. E só cheguei porque fiz algo sem pensar. “Tá”, nem tanto sem pensar, mas foi tudo tão rápido que não pensei nas consequências.

Estava na internet, coisa que faço com frequência. Coisa que considero correta, se é que pode se dizer assim. E eu estava pensando... Nela. Coisa que considero incorreto, se é que acredito mesmo nisso. Afinal tenho namorada. Mas agora não importa mais, porque eu estava pensando e ela me ligou. Coincidência. Destino. Eu chamo de problema, pois ela me chamou pra sair e eu sou conhecido dela, amigo dela, a fim dela, e não neguei o convite.

Saímos. Era domingo. E os bares fecham cedo e como a conversa estava animada e eu não tinha mais o que fazer... Sugeri. Um erro? Talvez. Mas sugeri pra irmos pra minha casa. Comprei cerveja e começamos a fazer o tempo correr mais rápido. Afinal é isso que acontece quando se faz algo prazeroso. Prazer. Era o que eu sentia perto daquela mulher. Afinal a forma que ela se porta. Imponente. O jeito que ela me olha! Eu admiro ela, aquele olhar, aquele corpo, aquela coragem.

Chega a ser estranho. Passo meses sem ver ela e ainda assim sinto como se a visse todos os dias. Como se conhecesse cada qualidade, defeito. Tequila. Só pode ter sido culpa dela. Porque apesar de toda essa coragem ela disse que tava com vergonha (risos). Ela com vergonha? Inacreditável. Mas explicável, porque ela também disse que tinha algo a me dizer. Confesso que não sabia o que vinha por ai, mas sabia que mexeria comigo. Sempre mexe, ela sempre mexe comigo, sempre mexeu.

Sentimentos, eles me confundem. E também aparecem e reaparecem com muita facilidade na minha vida. Culpa minha, é claro. Mas fazer o que... Elas também não ajudam. Assim como o meu celular. Maldito, com sua péssima mania de tocar nos momentos inoportunos. Ela tinha acabado de se declarar e ele tocou. Era minha namorada. Pedi pra atender e tive como resposta um “claro, afinal, quem é a namorada aqui?”. Ironia. Relação de ódio e amor com ela. Atendi, conversei, resolvi e voltei. Beijei. É beijei mesmo, como eu disse, não pensei muito. Mas lembrei de uma música: Aeroplane – Red Hot. Ouvia direto com ela na época de colégio pelos corredores. Memórias, elas também adoram vir em momentos inoportunos. Só pra mexerem ainda mais com a gente.

Eu gosto da chuva, ela me traz paz. E ali conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Depois de uma declaração e um telefonema incabível. Rolou um beijo, que me fez esquecer que estava chovendo ou mesmo que tinha namorada. Mas me fez fantasiar. Nunca tive aquela mulher em minha cama, mas naquele momento fui longe. Longe o suficiente pra de repente voltar pra realidade e decidir que tinha que parar por ali.

Decidimos ir. Ou pelo menos ela decidiu. Já nem sei mais. Só sei que ela queria um tempo pra ela. Pra quê? Me pergunto. “Ficar sozinha um pouco com meus pensamentos”. Malditos pensamentos, eu que queria ficar um pouco sozinho com ela. Voltei e ela estava lá esperando. Por mim? Claro, mas só por mim? Ou por outro beijo? Ou por uma resposta minha a sua declaração. Torcia pela primeira alternativa, pois pra segunda, terceira... Nem eu sabia o que pensar.

Levei-a em casa. E como ela morava longe! Ou pelo menos foi o que pareceu. Afinal, sempre após momentos de extremo constrangimento acontece aquela fase silêncio. Que apesar de ser sempre prazeroso ao lado dela, naquele momento foi péssimo. Só me fez pensar mais no assunto. E ela também. Fazendo que acontecesse o quê? Chuta. Outro beijo. Mas agora da parte dela. Sem aviso. Sem pressa. Sem demora. Ela me beijou. E que beijo... Foi uma despedida. Pelo menos foi o que teve que ser, eu não podia prolongar aquilo. Não podia, mas queria. Despedida, as odeio, principalmente quando elas me deixam com o gosto de “quero mais”. Quero mais, muito mais...



2 comentários:

  1. Concordo com você! Continue seguindo o blog e deixando seus comentários! Eles são muito benvindos!

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