14 de maio de 2012

{9} Dias Contados: Tudo fora de controle.


Olá, pessoal! Hoje é segunda-feira, dia de mais um texto da série "Dias Contados" que escrevo com o Felipe Dias. Bom, no post de quinta, Raquel já estava começando a amolecer seu coração de pedra e aceitou o convite de Danilo para ir à festa de uma prima dele. Chegando lá, se depararam com a ex dele que fez com que ela fosse esquecida durante o evento. Então, num ato de revolta, Raquel beija um cara da festa, Danilo vê, ela sai correndo e liga para outro que a busca na mesma hora. Esse foi a versão de Raquel, que estava sob efeitos de umas biritas. Conheça agora a versão de Danilo sobre o mesmo fato. Será que ele agiu intencionalmente? Será que ainda gosta da ex e quer voltar com ela? Descubra a seguir!

Para acompanhar a série, e entender melhor essa história, busque no arquivo à direita os textos com "Dias Contados" no título.

Gostaria de lembrar que sugestões de temas, melhorias e críticas são sempre benvindas, mande-as para mim no email avidaemmiudos@gmail.com. Um grande beijo e boa leitura!

" I feel just like we're taking control of the night. I feel just like we're losing control, but if you let go I'll let go tonight." - Trecho da música Control, do Metro Station.

Pai?! Já me disseram que eu seria um bom pai. Assim como já me disseram que tenho cara de safado. Whatever. Minha ex tinha acabo de vir me cumprimentar na festa, e eu achando que ela viria com indiretas ou ciúmes. Ela estava grávida, ou pelo menos, era o que achava. Péssima hora. Péssima notícia. Ótima noite! Não sabia o que fazer. Então a enchi de perguntas, talvez fosse apenas uma mentira pra tentar voltar. Ela disse ainda não ter feito o teste. Resposta errada. Mas que enjôos freqüentes estavam acontecendo, até mesmo ânsia de vomito, além da interrupção da menstruação. Impossível. Fizemos apenas uma vez sem proteção. No mar. Não agora, não quando eu estava com... Raquel? Aonde ela foi?

Quando dei por mim, não apenas Raquel estava longe como minha ex estava próxima, demais. Ela não parava de falar. Estava comigo naquele sofá dizendo coisas que achei que ela não mais sentia e coisas que eu não queria mais saber. Tentei levantar, ela me segurou. Queria Raquel, não mais ela. Mas ela me sufocava mais e mais com aquelas palavras. Grávida. Seu. Filho. Estava pirando! Decidi ir beber e nessas horas nada me impede. Eureca! Encontrei minha prima e a perguntei sobre a gravidez.

Já havia brincado e conversado com Raquel sobre filhos, família, futuro. Ótimas conversas fictícias.

Helena virou o rosto. Cumprimentou um convidado. Bebeu de seu copo... Apoiei a mão na parede ao seu lado. “Helena, é verdade, ou não?”. Ela não sabia. Disse apenas que possivelmente... Sim. Só que disse também que ela tinha se relacionado com um cara dias depois do termino. Glória! A matemática estava ao meu favor. Só que eu era péssimo com número. E quando você recebe uma noticias dessas assim a última coisa que se consegue fazer... São contas! Droga, aquilo só me confundiu mais. Não tinha mais com quem conversar, não era uma notícia que você sai por aí gritando aos sete ventos. Precisava pensar. Respirar. Contar. Peguei o meu isqueiro e comecei a abri-lo e fechá-lo. Aquilo me acalmava. Onde estava Raquel? Avistei-a de rabo de olho umas duas vezes enquanto estava sendo bombardeado por Laura. E agora nada.
Tudo tão rápido!

Laura apareceu no meu campo de visão novamente. “Agora não!”, gritei. A música só piorava as coisas. It Will Rain.Inventei uma necessidade de me aliviar e me refugiei no banheiro. A última coisa que podia acontecer naquele dia era chover de novo. Graças a essa chuva eu bati o carro mais cedo. Soquei a parede. Tinha ouvido mais cedo dos meus pais palavras mortificantes que nem sabia que existiam. E perdi meu salário do mês com o conserto. E também acabara de ganhar um filho. Que lindo! Será que tem como ficar pior?”. Lei de Murphy. Se eu quisesse continuar com a minha cabeça sobre o meu pescoço, essa notícia NUNCA poderia chegar aos ouvidos dos meus pais. Então resolvi ir o mais longe possível de todos aqueles sorrisos. Encontrei do lado de fora um muro frio, de tijolos e úmido pela garoa que caía, me pareceu tão agradável!

E foi aí que tudo aconteceu ao mesmo tempo.

Laura surgiu atrás de mim. Disse que queria voltar. Ameaçou-me com um beijo. Recusei. Virei o rosto. E vi... Sentados num banco. Raquel e um cara. E ela sim estava a beijá-lo. Cheguei tão rápido ao lado deles que no impulso já estava levantando o cara aos berros. Ele desnorteado recuou. Raquel se levantou e foi em direção ao salão. Cercado pela minha ex e por esse cara que agora dizia ter contas a acertar comigo, fui impedido de poder ir atrás dela. Quando cheguei ao elevador, havia duas portas fechadas, entrei na primeira que se abriu. Porque ela fez aquilo? Na calmaria do elevador pude parar pra pensar naquela (confusa) noite. Nisso percebi que tinha passado mais tempo, se não todo o tempo, da festa resolvendo o assunto com Laura que me esqueci completamente dela. Estraguei tudo, era óbvio.

Cheguei à portaria, fui para calçada e nada dela. Será que ela tinha ido mesmo embora? Eu sei que ela tinha bebido além da conta. E se alguma coisa acontecesse, seria MINHA culpa. Liguei. Mandei mensagem. Nada. Um cara estacionou na frente do prédio. Decidi voltar pra festa e ver se a encontrava. Lá estava ela, às pressas. Eu já meio descontrolado com o momento, comecei a acusá-la. E entre acusações e indagações ela me olhou fundo... E colocou a chave de seu carro em minhas mãos. Saiu balançando sobre os saltos. Fui atrás. Ela nem ao menos olhou pra trás e entrou no carro. E assim fiquei ali largado. Não voltei mais para festa. Não bebi mais. E não vi mais Laura a partir daquele dia. E percebi que... SEMPRE tem como ficar pior!

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Nem Raquel esperava. Agora tenho que resolver este impasse. hahaha

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  2. Uow, realmente me surpreendeu!
    Se saiu bem ainda, como pode?!

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    1. Agora vamos ver o que Raquel fará quando descobrir essa história.

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