Olá, pessoal! Esse é o terceiro texto da série "Dias Contados". Já conhecemos O Danilo e a Raquel. Agora os dois vão se conhecer numa calourada, a história é contada pelo ponto de vista dele, logo, o texto é do meu querido amigo Felipe Dias. Como duas pessoas tão diferentes vão se comportar e conversar? Será que vai rolar um clima? Ou não? Saiba isso e mais lendo o post!
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"Quero mais e tudo o mais. E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha." - Fernando Pessoa |
Snap... Snap... Snap... Era o som
do meu isqueiro, o qual acendia e apagava sem perceber. TOC!, talvez, afinal eu não fumo. Tava mais como um meio de aliviar
a tensão. Tensão aquela que acabava de surgir e começaria a me incomodar e muito. O álcool entra e a
verdade sai. Era a frase que vagava em minha cabeça quando me apoiei na bancada
mais próxima para pensar na vida e beber uma cerveja. Eu precisava, afinal, o
álcool entra e as memórias, também, vêem. Passei o dia evitando aquele momento,
porém... Um evento qualquer na calourada, não mais do que semelhante a uma
memória com minha ex, me fez parar pra pensar.
Penso de mais. Cheguei a essa
conclusão quando percebi que minha cerveja esquentara. E assim decidi ir até o bar, no qual, apesar de ter centenas de pessoas pedindo aos berros e empurrões seus
copos cheios novamente, existia uma brecha. Pequena. Entre um cara, que tinha duas vezes
o meu tamanho e uma menina. Bonita? Talvez. Estava de costas, mas vestia uma
roupa que deixava a desejar. Morena. Do jeito que eu gostava. Mas não podia me
distrair, pegar cerveja rapidamente e gelada era uma arte. Arte a qual sou
mestre. Meu único objetivo, no momento, era preencher mais uma vez o copo com aquele líquido maravilhoso que faz sumir todos os problemas.
Então, sem perceber, ao me deixar levar
por aquele movimento ondulante e prazeroso que a cerveja provocava em meu
corpo, esbarrei no cara enorme. Ele tinha aquelas tatuagens gigantes e tribais
que vinham do ombro e desciam pelo antebraço todo. Ridículo. Rato de academia. Porém
forte de mais pra mim. "O que faço agora?". Quando
você pisa no pé de alguém ou mesmo quando você dá aquele esbarrão de ombros na
rua, você por reflexo, pede desculpas. Simples, fácil, indolor. Mas quando você
tropeça no calcanhar de um cara maior que o seu armário e DERRAMA cerveja nele.
Seu copo quase cheio! Eu diria que nem desculpas resolvem. Pelo contrário,
QUALQUER palavra, gesto ou pensamento sobre o assunto, apenas um, já basta para
ele te espancar até a morte.
E inteligente, ou bêbado, que
sou, pedi desculpas. Aí... Sabe quando você acha que está fazendo um discurso,
usando palavras difíceis e explicando detalhadamente o porquê daquela situação
já acreditando que dará tudo certo? Então... Não era esse momento. Pelo
contrário, se consegui pronunciar “Desculpa”,
foi muito. E muito também foi a minha sorte. Porque de um jeito mágico (amnésia
alcoólica) eu simplesmente já não estava mais naquela bancada de bar. E sim no
gramado da chopada, perto da piscina e de frente para aquela morena com altas
chances de ser bonita. E realmente era. Ela simplesmente me salvou! Depois ela me contou como, mas
agora a única coisa que importava era pensar nas palavras. PENSAR. Eu precisava
decidir direito o que falar. Tinha acabado de ser salvo por uma gata e ela
ainda não tinha saído correndo. E eu
precisava desesperadamente me concentrar!
Se eu fiquei bêbado de raiva,
tristeza, felicidade... Não sabia, e não queria saber, qual ou quais sentimentos
me fizeram ir naquela festa e ficar bêbado. Só me importava entender o porquê
daquela mulher estar sorrindo tanto ao conversar comigo. Já me sentia menos
bêbado e ao mesmo tempo mais envergonhado também. Não sou um cara ruim com as
palavras. Mas “chegar” em mulher NUNCA foi, e será, o meu forte. E aquela
situação deixava bem claro isso. Porém me sentia leve, feliz, animado! Ela
simplesmente me fazia bem. A conversa estava produtiva! E ela sorria. E como
sorria das minhas piadas, das horas que eu enrolava a língua e principalmente
quando eu a elogiava. Fascinante, é a palavra certa para defini-la. E
intrigante de um jeito que me fez esquecer o tempo e o motivo de estar naquela
festa. Conversamos sobre tudo e todos. Faculdade. Família. Filmes. A vida, o universo e tudo mais. Ela
simplesmente falava o que eu precisava ouvir!
Quando vi, tinha que ir. O último
ônibus estava por vir. Logo, me vi simplesmente me despedindo dela. E assim como
ela surgiu, ela se foi, e eu me peguei sentindo algo. Premonição? Desejo? Ou apenas uma sensação de que veria aquela
mulher novamente. "Whatever!". Horas
pareceram minutos ao lado dela e após uma troca básica de contatos e uma troca
muito da sem graça, da minha parte, daqueles beijinhos de despedida, fiquei
a fita-la de costas indo em direção às amigas. Eu sorria. E percebi que nem
cerveja tinha mais em meu copo pra esquentar. A última coisa que fiz foi pensar
ao lado dela. Apenas fluiu todo aquele momento. E me vi sem problemas, provas
ou trabalhos, e também me vi sem aquela dor do término. Vi-me livre para seguir
em frente.
Muito viajado esse texto. asudhaushduashduahsd
ResponderExcluirÉ baseado em algum fato ou você tirou da sua cabeça?
Merece um livro, hein.
Beijos da Cléo.
http://vejoporai.blogspot.com.br
Ei, Cléo! Então, essa é uma história fictícia, é uma série que eu e um amigo estamos escrevendo juntos. Se você curtiu, leia os textos anteriores para entender melhor! Toda segunda e quinta saem as sequências da série. Fique de olho porque a gente sabe como ele começou, mas não sabemos quando termina! (Esse texto foi elaborado pelo meu amigo e o próximo eu vou escrever a partir desse!)
ExcluirAqui seguem os links:
http://avidaemmiudos.blogspot.com.br/2012/04/dias-contados-ola-raquel.html
http://avidaemmiudos.blogspot.com.br/2012/04/dias-contados-ola-danilo.html
Beijos e obrigada pelo carinho!