Beijo triplo, você já experimentou? Já fantasiou a respeito? Quer experimentar? Esta é uma fantasia que passa na cabeça de muitos homens e temos muitos relatos deles sobre isso. O que muita gente não imagina é que aquela menina meiga que trabalha do seu lado muitas vezes também já se imaginou nessa situação, ou, muitas vezes, já teve essa experiência. Embalar um desejo triplo e realizá-lo é tão fácil assim? Ainda mais, o que uma mulher sente durante um beijo triplo, o que ela pensa depois? Bom, isso você vai descobrir a seguir na continuação do texto "Eu 'dí' um beijo NELA". É a mesma personagem, com os mesmos desejos e a mesma curiosidade!
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"A única maneira de se livrar de uma tentação é entregar-se a ela. Resista, e sua alma fica doente de desejo pelo que foi proibido." - Oscar Wilde |
Estava eu aqui, escutando umas músicas, quando tocou "Sex on Fire”, do Kings of Leon, e me recordei de uma passagem da minha vida, uma experiência que gostaria de compartilhar com você. Meu beijo triplo...
Eu e uma amiga estávamos saindo de uma festa vespertina de uma faculdade, mas
queríamos mais folia. Só que para onde iríamos? Então ligamos para um
amigo, nos encontramos e resolvemos ir para a balada mais divulgada da semana.
Chegando a porta do estabelecimento, nos deparamos com dois conhecidos do ensino médio. Eles
estavam tão diferentes!
Papo vai, papo vem e sugerimos aos dois para irmos numa
balada gay, já que meus outros dois amigos que estavam nos acompanhando eram do
“meio”. Os caras que estudaram com a gente ficaram meio receosos, mas nós
propusemos para eles algo diferente: um beijo triplo. Que poder de persuasão essas duas palavras têm...
Lá fomos nós, todos animados escutando as músicas do
momento, eu ainda sob efeito do álcool. Aquela sensação de
adrenalina e de fazer algo desconhecido havia me tomado por inteira! Eu e minha
amiga estávamos na mesma sintonia, vibrando por dentro e tomadas por um frio na
barriga enorme!
Chegamos na boate alternativa e entramos com os dois amigos
gays e os dois héteros. Eles estavam tão desconfortáveis, que a primeira coisa
que fizemos foi procurarmos algo para beber. Com a promessa de que encontrariam
ali moças mais moderninhas, começamos a ajudá-los na caça às futuras
beijadoras. Então, minha amiga saiu para fumar um cigarro e engatou uma conversa cheia de indiretas com a moça que estava me flertando. Bom, eu, meio tímida, as deixei no
embalo da conversa e logo as duas estavam se beijando. Logo após o beijo das
duas, a acompanhante da minha amiga, me arranjou a colega dela. E numa pequena
reunião, combinamos um beijo triplo com os rapazes.
Descemos e nos encontramos com eles, que estavam com cara de
poucos amigos. Apresentamos as meninas para eles e depois de uma curta
conversa, nos sentamos nuns sofás que tinham numa parte mais afastada. Eu e a "minha menina" nos beijamos ternamente, num primeiro momento. Em seguida, estávamos
embaladas em um ritmo acelerado e nossas mãos percorriam por entre nossos
cabelos, agora bagunçados, sendo puxados, desciam pelos pescoços e procuravam
pelos quadris agitados, enquanto os lábios eram mordiscados e as línguas se confundiam
numa sintonia perfeita e as unhas acabavam por arranhar uma a outra... Muito diferente do meu primeiro beijo lésbico, esse tinha sido perfeito e acabei entendendo porque mulher é um "trem bão além da conta!". Nisso um
dos meninos, o de olhar misterioso e mais reservado (com um super bom gosto
musical) se misturou entre nossas línguas e mãos apressadas. Éramos três agora, compartilhando aquele momento, adrenalina, curiosidade, satisfação e prazer. Éramos um.
Do outro lado, a minha amiga repetia a cena com a menina que
ela conheceu na área de fumantes e com o amigo do cara que estava me
acompanhando naqueles amassos. Travávamos uma disputa acirrada: quem fazia a
performance mais sexy durante o beijo? Aposto que quem passava por nós não
saberia responder...
Engraçado como podíamos viver um momento tão pessoal, com as
maiores fantasias sendo libertadas e nos entendendo com nossos corpos, mas não
sabermos quase nada uns sobre os outros. A cada toque, a cada sussurro e olhar, meu
corpo vibrava, arrepiava, sentia calafrios... Era uma mistura de sensações até
então nunca imaginada, e muito excitante. Queria mais...
Então, era hora de ir embora. Nos despedimos. No outro dia
ainda era a mesma filha exemplar e estudante dedicada, com todos aqueles
pretendentes na agenda do celular. Tudo igual, mas tão diferente... Não conseguia tirar aquelas cenas de minha cabeça.
Desse dia, só me restaram memórias e nenhum arrependimento. Cada
um de nós seguiu o seu caminho e nunca mais vi os protagonistas deste episódio único
em minha vida. Não sei o que éramos, mas sei o que somos. Somos íntimos. Somos estranhos.
Somos carne. Somos alma. Somos a personificação do desejo. Somos mortais.
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