9 de abril de 2012

Desejo triplo. - Eu "di" um beijo NELA, o retorno.

Beijo triplo, você já experimentou? Já fantasiou a respeito? Quer experimentar? Esta é uma fantasia que passa na cabeça de muitos homens e temos muitos relatos deles sobre isso. O que muita gente não imagina é que aquela menina meiga que trabalha do seu lado muitas vezes também já se imaginou nessa situação, ou, muitas vezes, já teve essa experiência. Embalar um desejo triplo e realizá-lo é tão fácil assim? Ainda mais, o que uma mulher sente durante um beijo triplo, o que ela pensa depois? Bom, isso você vai descobrir a seguir na continuação do texto "Eu 'dí' um beijo NELA". É a mesma personagem, com os mesmos desejos e a mesma curiosidade!

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"A única maneira de se livrar de uma tentação é entregar-se a ela. Resista, e sua alma fica doente de desejo pelo que foi proibido." - Oscar Wilde

Estava eu aqui, escutando umas músicas, quando tocou "Sex on Fire”, do Kings of Leon, e me recordei de uma passagem da minha vida, uma experiência que gostaria de compartilhar com você. Meu beijo triplo...

Eu e uma amiga estávamos saindo de uma festa vespertina de uma faculdade, mas queríamos mais folia. Só que para onde iríamos? Então ligamos para um amigo, nos encontramos e resolvemos ir para a balada mais divulgada da semana. Chegando a porta do estabelecimento, nos deparamos  com dois conhecidos do ensino médio. Eles estavam tão diferentes!

Papo vai, papo vem e sugerimos aos dois para irmos numa balada gay, já que meus outros dois amigos que estavam nos acompanhando eram do “meio”. Os caras que estudaram com a gente ficaram meio receosos, mas nós propusemos para eles algo diferente: um beijo triplo. Que poder de persuasão essas duas palavras têm...

Lá fomos nós, todos animados escutando as músicas do momento, eu ainda sob efeito do álcool. Aquela sensação de adrenalina e de fazer algo desconhecido havia me tomado por inteira! Eu e minha amiga estávamos na mesma sintonia, vibrando por dentro e tomadas por um frio na barriga enorme!

Chegamos na boate alternativa e entramos com os dois amigos gays e os dois héteros. Eles estavam tão desconfortáveis, que a primeira coisa que fizemos foi procurarmos algo para beber. Com a promessa de que encontrariam ali moças mais moderninhas, começamos a ajudá-los na caça às futuras beijadoras. Então, minha amiga saiu para fumar um cigarro e engatou uma conversa cheia de indiretas com a moça que estava me flertando. Bom, eu, meio tímida, as deixei no embalo da conversa e logo as duas estavam se beijando. Logo após o beijo das duas, a acompanhante da minha amiga, me arranjou a colega dela. E numa pequena reunião, combinamos um beijo triplo com os rapazes.

Descemos e nos encontramos com eles, que estavam com cara de poucos amigos. Apresentamos as meninas para eles e depois de uma curta conversa, nos sentamos nuns sofás que tinham numa parte mais afastada. Eu e a "minha menina" nos beijamos ternamente, num primeiro momento. Em seguida, estávamos embaladas em um ritmo acelerado e nossas mãos percorriam por entre nossos cabelos, agora bagunçados, sendo puxados, desciam pelos pescoços e procuravam pelos quadris agitados, enquanto os lábios eram mordiscados e as línguas se confundiam numa sintonia perfeita e as unhas acabavam por arranhar uma a outra... Muito diferente do meu primeiro beijo lésbico, esse tinha sido perfeito e acabei entendendo porque mulher é um "trem bão além da conta!". Nisso um dos meninos, o de olhar misterioso e mais reservado (com um super bom gosto musical) se misturou entre nossas línguas e mãos apressadas. Éramos três agora, compartilhando aquele momento, adrenalina, curiosidade, satisfação e prazer. Éramos um.

Do outro lado, a minha amiga repetia a cena com a menina que ela conheceu na área de fumantes e com o amigo do cara que estava me acompanhando naqueles amassos. Travávamos uma disputa acirrada: quem fazia a performance mais sexy durante o beijo? Aposto que quem passava por nós não saberia responder...

Engraçado como podíamos viver um momento tão pessoal, com as maiores fantasias sendo libertadas e nos entendendo com nossos corpos, mas não sabermos quase nada uns sobre os outros. A cada toque, a cada sussurro e olhar, meu corpo vibrava, arrepiava, sentia calafrios... Era uma mistura de sensações até então nunca imaginada, e muito excitante. Queria mais...

Então, era hora de ir embora. Nos despedimos. No outro dia ainda era a mesma filha exemplar e estudante dedicada, com todos aqueles pretendentes na agenda do celular. Tudo igual, mas tão diferente... Não conseguia tirar aquelas cenas de minha cabeça.

Desse dia, só me restaram memórias e nenhum arrependimento. Cada um de nós seguiu o seu caminho e nunca mais vi os protagonistas deste episódio único em minha vida. Não sei o que éramos, mas sei o que somos. Somos íntimos. Somos estranhos. Somos carne. Somos alma. Somos a personificação do desejo. Somos mortais.

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