7 de maio de 2012

{7} Dias Contados: Já era tempo.

Olá pessoal, primeiramente, gostaria de pedir desculpas por não ter atualizado o blog na semana passada. Muitos de vocês vieram me perguntar se eu estava bem, se havia acontecido algo. Bom, eu estou ótima e vivendo dias bem inusitados e prazerosos. Um amigo meu me disse que aos 21 experiências "diferentes" começam a acontecer em nossas vidas, e, realmente, minha vida anda bem movimentada, de uma forma positiva, divertida e plena! Mas, gostaria de esclarecer o motivo pelo qual eu não postei na semana passada: tive uns problemas com a minha internet e também foi uma semana muito corrida, eu e a amiga que mora comigo (Lara) fizemos taaantas coisas para a nossa casa, que ela está irreconhecível. Por exemplo: chegou cama nova, guarda roupa, filtro, um armário que estava no chão da sala há seis meses, finalmente, está instalado na parede da cozinha! Aí teve dia de faxina, compra no supermercado... Espero que vocês entendam, porque morar sozinha dá um TRABALHO! Mas é gratificante ver tudo se encaminhando.

Pois bem, segunda-feira é dia da Série "Dias Contados" que escrevo em parceria com o Felipe Dias, o texto de hoje (que era pra ser publicado na quinta) é de sua autoria e continua a partir da ligação inesperada de Raquel, após ser encorajada pela Ana Maria Braga. Para entender melhor a série, procure no arquivo ao lado (direito) os títulos que tenham "Dias Contados" e conheça Danilo e Raquel e sua história. Um grande abraço!

Gostaria de lembrar a todos que suas sugestões de temas, melhorias e críticas são sempre benvindas, é só me contatar por facebook ou no e-mail avidaemmiudos@gmail.com. Abraços carinhosos e espero que apreciem a leitura!

"Triste de quem tem e vive à toa. Triste de quem ama e não perdoa.  Ai, de quem não cede, e de quem sempre tem razão! Ninguém sabe mais que o coração." - Trecho da música "Já era tempo", Gal Gosta.


"Under pressure, under pressure, pressure!", dizia a música em meu mp4. E era assim que eu me sentia no dia, na semana. Provas e trabalhos me preenchiam a mente e esvaziavam o bolso. E naquele dia tinha uma prova pela qual não poderia desperdiçar um ponto sequer. Era terça, as odiava tanto quanto as segundas. Tinha acabado de sair do teste de Psicopatologia Geral II e começava a achar que o último cara que fiz triagem sofria de, no mínimo duas, ou três, alterações mentais. E, provavelmente, eu também. Pois apesar dos pesares me sentia bem. Aquele esforço, tempo e horas perdidas, gastando, literalmente, a tinta do teclado, me fizeram perceber que era isso do que eu precisava. Me esforçar.

Mas no momento mesmo, eu precisava relaxar. Sério, eu tenho um problema com esse tal de esforço. Pra ter ideia, pode me considerar como uma abelha. Daquelas que faz o possível para perfurar algo (alguém) com o seu ferrão por motivos plausíveis (vingança) e após o ato morre. Ou seja. Eu me matava de estudar o fim de semana, fazia a prova e depois me deixava morrer, em um sofá, ou mesmo numa mesa de bar. Só que, para piorar o meu dia, não estava ao meu alcance nenhuma daquelas alternativas... Assim como também nem se passara a hora (sagrada) do almoço e eu ainda tinha a tarde livre. O que fazer com ela?

Peguei o celular mais por mania do que outra coisa e vi a hora. De súbito me veio à mente que mais ou menos naquele mesmo horário, no mesmo dia, porém na semana passada, Raquel tinha me ligado. Tinha se passado uma semana desde aquele dia,e não trocamos mensagens. Minha decisão? Ou dela? Ela me chamava para sair, dizendo ter a tarde livre e que eu devia uma saída com ela, pois... A ligação rateou, e eu não pude escutar o motivo. Não fazia mal. Aceitei de prontidão. Tinha passado a agir antes de pensar... Acho que peguei isso dela. Ou era apenas eu que fazia isso? Visto que algo me dizia que ela tinha cada passo, gesto, palavra planejada, ainda sim só podia ter vindo dela. Sei lá...

Saímos. Matei uma saudade que nem sabia que tinha.

Já faziam meses, 2 pelo menos, que me encontrava solteiro e me sentia cada vez melhor. Não a considerava um peso, porém quando nos separamos eu peguei um impulso na vida, uma vontade de lutar pelas coisas... Voltei a nadar, terminei um quebra-cabeça e fechei uma prova. E conheci Raquel. Eu me dizia, naqueles momentos que você se pega pensando em alguém e começa a falar sozinho que não deveria se entregar. Tenho muito disso. E olha que eu sou um cara “romântico”, porém nunca pretendo ser um Príncipe Encantando. Sempre acreditei mais no ponto de vista do Lobo Mau (te escuta melhor, te vê melhor e te come melhor). E assim levava a vida e meus amores. Mas sempre acabava, espontaneamente, me dedicando (esforçando) um pouco acima da linha do saudável nos relacionamentos. Paranóia. Ciúmes. Cismas de modo geral. E quando chegava nesse ponto, era comum (certo) que meus namoros começavam a seguir o caminho do fim. Mas eu não queria aquilo, de novo.

Confesso que nem me importava muito, talvez um pouco ("tá", um “bocadinho” só), com o fato de ela sumir de repente. Pois por algum motivo, que eu desconhecia até então, as coisas com Raquel estavam tomando um rumo certo (diferente) do que eu estava habituado a pegar nos meus inícios de relacionamentos. Ela era diferente. E eu me deixava levar. O tempo passava ao seu bel-prazer. As coisas aconteciam quando tinham que acontecer. Ela me procurava quando queria. E eu estava passando a gostar daquilo. Tinha até conhecido outras garotas.

As festas voltaram a ter os velhos aromas. Cerveja. Perfumes. Chicletes. Até antigos percursos a pé depois das festas voltaram a se formar em minha mente. Mas, se tinha algo que eu sentia saudades, era de conhecer novas pessoas. Não simplesmente ser apresentado a um (a) amigo (a) da sua namorada. Era o prazer de descobrir, analisar e desmistificar as pessoas durante uma conversa informal numa festa que me fascinava. Eu dedicava mais tempo, bebendo é claro, e, observando as pessoas, do que qualquer outra coisa. Eu me divertia sozinho olhando as diversas situações que ocorriam numa festa. Um cara levando um tapa na cara por flertar uma garota. Outro, já bêbado, conversando com uma árvore. Ou mesmo ficar parado, vendo o tempo passar. Sentia-me num jogo, e eu era o mestre.

Ai veio a oportunidade! No próximo fim de semana haveria uma festa menor. Aniversário de uma prima, mas não iria família, apenas seus amigos. E eu. Talvez trinta pessoas, no máximo. Vodka. Tequila. Blues. Jazz... E muitas pessoas desconhecidas. Do jeito que eu gostava. Porém, algo me dizia que ir sozinho não era uma opção. E por um impulso, algo que volto a dizer que só posso ter adquirido...  Dela. Eu peguei o telefone e disquei...

- Alô? Raquel? O que você vai fazer sábado agora? – Os dados foram lançados. 

3 comentários:

  1. A agitação é sem dúvida imensamente melhor que a inércia. AMO mudar coisas em casa! Se precisar de ajuda... hahaha'
    Parabéns pelos novos acontecimentos. Que venham mais e ainda melhores.

    Beijos!
    Thamy

    @ThamiresLyrio
    http://tocadathamy.blogspot.com

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  2. Príncipe encantado ou lobo mau? se tiver de responder peço que venham logo os dois ! Adorei !

    Beijos =)

    http://lagartaechapeleiro.blogspot.com.br/

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  3. 'Matei uma saudade que nem sabia que tinha..'

    Tô adorando! Já espero pelo próximo! ;D

    Beeijos.

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