21 de maio de 2012

{11} Dias Contados: Água, sal e Copacabana,


Bom dia, galera! Hoje é segunda, e ela está cheia de novidades! Quem olhar aqui do lado esquerdo, vai perceber que minha descrição sumiu e deu lugar para a "Like Box" do blog no Facebook, isso mesmo, agora "A Vida em Miúdos" também tem uma página lá onde as publicações e novidades serão divulgadas e direcionadas para vocês, leitores e seguidores. Gostaria de pedir que curtam aí nessa caixinha para participarem de surpresas que vêm por aí (Sim, vou deixá-los curiosos!)... Segunda mudança: Agora temos uma barra superior de "Menu", nela tem opção "Quem escreve", que são umas perguntas que uns amigos elaboraram para eu responder, espero que vocês gostem e entendam um pouco mais das minhas miudezas. Terceira e última novidade: Agora, essa que vos fala, também vai "blogar" sobre moda e estilo no blog "Antes que Ordinárias", às sextas-feiras (não todas). Ufa! Agora sim, preparado para as novidades do post de hoje? Vamos lá!

Como todo mundo já sabe, hoje é dia de postar mais um texto da série "Dias Contados". O texto de hoje é de autoria Felipe Dias. Raquel e Danilo estão vivendo um turbilhão de emoções desde que se conheceram. Tem inclusive uma promessa de filho aí no meio. E agora, o que vai acontecer? Descubra agora em mais um texto que tem seus dias contados!

Lembrando que a sua colaboração será sempre benvinda, em forma de críticas, sugestões e dúvidas, para participar é só mandar um email para avidaemmiudos@gmail.com ou então entrar em contato a partir da página no Facebook! E se gostar do blog, dê um like e compartilhe com os amigos. Um grande beijo e boa leitura, pessoal!

"Um bom lugar para encontrar: Copacabana. Pra passear, à beira-mar: Copacabana..." - Dorival Caymmi. "Sábado em Copacabana".
Dava pra sentir no ar, o cheiro. Eu estava lendo um texto de ultima hora para aula de "TPP II", mas não conseguia me concentrar. A grama, o sol, o vento, nem chegavam a me desconcentrar tanto quanto o cheiro. Não era um cheiro desconhecido pra mim, mas também não era um com o qual eu estava acostumado. Mudança. Era o cheiro que sentia. Sinônimo de Raquel (?). E em mais uma terça de horários vagos, decidi me encontrar com ela, pra conversar. Beijar. Não sou muito de pensar no futuro, se não ele acaba chegando rápido demais, e com expectativas demais. Mas depois de tantos erros e acertos... Problemas e soluções (ou não). Estava começando a ficar disperso. E ansioso para fazer a minha viagem anual. Água. Sal. Paz.

Penso demais. Mas naquele momento havia porque. Me peguei olhando para aqueles olhos profundamente sinceros. A tinha chamado para contar sobre minha decisão. Sabia que não era algo fácil de conversar, por não ser algo normal de se fazer. Peguei em suas mãos, macias como sempre. Mas é que não estávamos nem na metade do ano e tudo que já havia acontecido até ali daria pra virar um livro. Muito peso pra uma pessoa só. Precisava me acalmar, descansar, suavizar. Respirei fundo... Esvaziar a mente de tudo aquilo. Superstição (?). Tenho muitas. E uma das, era essa de que, ao menos, uma vez no ano eu tinha que ir, sozinho, para Copacabana e ficar, precisamente, três dias lá. Sem obrigações. Sem ditos-cujos. Sem pensamentos. Apenas água e sal. E eu.

Ela me pareceu bem compreensiva (desconfiada) com a notícia. Porém confesso que, parando pra pensar, não era mesmo um momento oportuno, para a relação, fazer a viagem. Antonio (o atual ex dela) estava freqüentemente no pé dela. Chiclete. Insegurança pairava no ar. Fechei meu caderno, coloquei as coisas pro lado e a abracei-a. Naquela hora vi que não era o sol que me aquecia. Tempo, era isso que queria, mas assim também queria Raquel. Então a apertei o máximo que pude em meu peito, até que sem entender ela perguntou:

-Tudo certo? – sorria sem entender o que se passava em minha mente. Não sabia como responder, então decidi beijá-la.

Chuva, chuva, chuva, diziam as previsões pro próximo fim de semana. Mesmo assim decidi ir, não era uma questão de adquirir bronze e sim de sanar minhas angústias. Uma mala arrumada e uma mente bagunçada era o que eu levava. Pretendia voltar sem uma das duas. Coloquei os óculos escuros naquela quinta nublada. Joguei uma bala na boca. Fones nos ouvidos e mandei uma mensagem para Raquel, soando mais como uma promessa: “Eu vou, mas eu volto.“ .A noite começou a cair lá fora. O lençol que cobre o mundo, pensei. Fechei o zíper do casaco, desci as mangas e amaldiçoei o passageiro a duas poltronas a frente que dormiu com a janela aberta. O primeiro passo para se esquecer de tudo, é se esquecer de tudo. E era a última coisa que estava acontecendo naquele momento: me esquecer do que mesmo? Não tirei o isqueiro do bolso, mas também não consegui me manter parado e arranjei outra coisa para me ocupar, já que o frio não me deixava dormir.

A serração das montanhas do Rio nunca foi tão agradável. Os pingos que caiam no vidro ao meu lado me fascinaram de uma maneira que... Deu vontade de dar nome para cada um deles. Iguais, porém diferentes. Cada um tinha um tamanho, um peso, uma forma, um destino a percorrer pelo vidro. Mas todos eram pingos de chuva. O calor que encontrei dentro do meu casaco logo se perdeu no momento em que comecei a rabiscar no vidro palavras sem nexo que me vinham à mente. Tempo. Mar. Destino. Raquel. Vida. Da mesma maneira que as escrevi no vidro elas me vieram à mente. Desorganizadas. Vividas. Importantes

“Aaaah o verão. É a estação da perdição!”, dizia uma velha propaganda, bem velha, por sinal!

Sempre me lembrava dela quando me sentava no quiosque 35. Mais uma das minhas superstições. Numerologia. Não passava das 9 horas e após uma corrida pela orla, livre de pensamentos “mineiros”, eu finalmente me vi curtindo o momento. Maresia. Pedi ao garçom a cerveja do fundo do freezer, uma porção de camarão frito e, por pensamento, que não me acordassem daquele sonho de vida. Raquel sempre me contava de seus sonhos e metas, cinco filhos ... Droga. Mais uma vez me via pensando nela. Já começava a me questionar se havia feito a escolha certa. Na próxima eu trago ela, decidi mentalmente. Ou isso, ou mudar de estado, mas não conseguir mudar de estado de espírito. Ri sozinho. Peguei meu celular e congelei. Não sabia o que escrever. Não sabia se ela estava pensamento mim. Não sabia se... Para! Para... Tinha viajado, corrido e tinha adormecido pensando nela. Basta! Três dias... Sem Raquel, decidi. Agora quem tinha metas era eu. Guardei o celular, dei um gole, respirei fundo... E da maresia que inundou minhas narinas, tirei forças para entrar finalmente naquelas águas geladas e lavar meus pensamentos.

10 comentários:

  1. Não acredito nisso... Danilo, acorda! Sem mais...

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    1. Raquel começou a gritar aqui dentro de mim: "Alôôu, tem gente passando fome na África enquanto você dá nome pros pingos!". Então tá, né, na quinta a a gente a vê o que ela vai achar disso tudo.

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    2. Já te disse oq faria no lugar dela, né? Mas enfim, vamos esperar pra ver... Que ele tá pedindo um pé na bunda tá, pra ver se acorda pra vida e deixa de dar chilique de madame. Viajar pra Copacabana contando pingos pra esfriar a cabeça... Meu filho cresce, faz algo de útil e concreto pra organizar as coisas pq desse jeito quem ta criando o caos é você! Ta fresquinho demais com essa choramingaçao sobre estar confuso! Vira homem e toma uma atitude ao invés de deixar pros outros tentarem entender e organizar a bagunça q vc larga pra trás. Afinal uma menina possivelmente gravida de vc e outra sem entender nada são uma bagunça e tanto, não acha?

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    3. Revoltei, prima! Kkkk Bora botar lenha na fogueira!

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    4. Wow! Adoro momentos de revolta! O telefone da Raquel acabou de tocar aqui... Adivinha quem é? Antonio! Será que ela atende? SERÁ?

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    5. Descubra no próximo capitulo de Dias Contados! ;D E morram de inveja: eu SEI! Kkkkk Mas quem sabe? Tudo pode mudar de repente! ;D

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  2. Vai lá minha filha, atende e vai ver o Antonio ! eu também vou pro Rio esfriar a cabeça em breve =P que a loucura recente influencie bem a Raquel, pq a do lado de cá, maluca de cair em tocas profundas e não querer mais voltar, já transformou confusão em seu nome do meio =P se eu sobreviver, a Raquel também vai se divertir!

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    1. Isso mesmo, Alice, eu tbm acho que eu, Fernanda, vou, tô precisando, viu? Ah, a Raquel agradece o apoio e está dividida... Está pensando no que vai fazer. E AGORA?

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  3. Muito bom!Tanto o texto quanto o blog!Prendeu minha atenção!
    http://mardeletras2010.blogspot.com.br/2012/05/vida-no-intervalo-das-musicas.html

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    1. Vanessa, querida, muito obrigada pelo elogio. Continue visitando o meu cantinho! Um grande beijo da Fê.

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