4 de abril de 2012

Magnificamente, ele. - Quando me encantei dormindo.

Olá, pessoal! Lanço com o post de hoje a série de textos que serão publicados "As várias maneiras de se encantar.". Este é "As várias maneiras de se encantar: Dormindo." Essa é a história de uma mulher que se encanta por um cara, até então desconhecido, quando dividem a mesma cama apenas para dormirem. E aí, como será que ela foi parar na cama dele? O que será que aconteceu depois que eles acordaram? Só lendo para descobrir.

Lembrando de que estou aberta a sugestões de temas, para responder dúvidas e também para críticas a fim de melhorar o blog. Como você pode participar? Envie sua sugestão, crítica ou dúvida para avidaemmiudos@gmail.com. Se gostar do blog, compartilhe com os amigos. Espero que apreciem a leitura. 

"Acordar com ele ao meu lado era bom para abraçá-lo novamente e dormir de novo." - Fernanda Gonçalves

Quando eu o conheci não estava em meu estado normal. Tinha tomado umas cervejas a mais, umas doses de cachaça e uns copos de vodca.

Era uma calourada, a minha calourada. Me recordo de estar com meus amigos animada e de, de repente, estar conversando com um cara meio tímido, com olhar misterioso e meio desconfiado. Ele era de outro curso, o que estava fazendo ali? A conversa ia passando numa rapidez... E nos beijamos. Diga-se de passagem, que bom beijador que ele era! E com esses beijos de me tirarem o fôlego, capazes de me fazerem perder a noção de tempo, olhei para os lados e meus amigos não estavam mais lá!

Sozinha, meio alterada, sem lenço e sem documento (havia deixado os meus pertences na casa de um amigo e os buscaria depois da festa), estava perdida, desorientada e a ver navios. Foi então que ele, num ato de bondade extrema, me ofereceu abrigo em sua casa. Ele morava com mais uns caras, tinha vindo de longe para estudar nesta cidade, estava com os cabelos raspados e mesmo assim conseguia ver um charme inerente escapando em sua transpiração.

Me levando pelo caminho até a sua casa, pacientemente, me guiou. E entrei naquele lugar com figuras inusitadas desenhadas nas paredes. Descobri que estava muito tonta quando vi um artista numa dessas figuras e por algum motivo não conseguia falar seu nome. É, não era tempo de procurar entender ou dizer muitas coisas. O melhor a fazer era me calar.

Chegando lá, ele trocou a roupa de cama para eu dormir, lembro de que me obriguei a me lembrar disso no dia seguinte. Ora, eu valorizo os pequenos detalhes, posso? Então me deitei naquela cama com cheiro de amaciante e depois de um tempo ele se deitou ao meu lado. Me dei conta de que estava comigo quando, no meio da noite, ele me puxou para bem perto de si e me abraçou de uma forma que me fez me encaixar perfeitamente em seus braços. Sempre tive problemas para dividir a cama com alguém, mas com ele tinha sido diferente. Surpreendentemente, de alguma forma eu não o chutei e nem fiquei tentada a puxar seu cobertor durante a noite. O máximo que fiz foi acordar e ficar olhando para seu rosto por alguns minutos, sorrir-me por dentro e voltar a dormir...

Sim, ele é o cara perfeito para se dividir uma cama, principalmente de solteiro! Quando dei por mim, tinha que ir embora. Eu não queria, mas parece que a ressaca moral tomou conta do meu ser. Eu não sabia o nome dele. Não me lembrava do teor de nossa conversa. Mas me lembrava de seu olhar distante e de seu beijar inquestionável. Olhei para o sujeito e o fitei dos pés à cabeça e quando ele falou, meu corpo estremeceu de um jeito desconcertado. Depois de tanto tempo, essa sensação reaparecia querendo complicar de alguma forma a minha vida. Eu não podia deixar isso acontecer.

Foi então que decidi que era hora de partir. Ele não entendeu direito, perguntou se eu tinha certeza de que queria ir naquele momento, se me apetecia um café (ele mal me conhecia e já me fazia perguntas difíceis! Era claro que eu queria continuar deitada com ele debaixo daquele cobertor quentinho. Mas o que me importava mesmo era o calor que provinha de seu corpo. Era claro que queria passar mais um tempo com ele, nem que fosse para tomar um café!). Eu respondi que estava tarde (eram sete e meia da manhã) e que não precisava se preocupar com o café. Eu não gostava mesmo...

Pedi para ele me levar na casa do meu amigo que morava ali do lado para buscar as minhas coisas, também pedi para ele não ficar me olhando (ele riu), minha maquiagem estava toda borrada e eu estava parecendo uma bruxa ou qualquer coisa do gênero – e ele lá, todo charmosão, mesmo de chinelo e bermuda... - Cheguei ao portão do prédio: não me lembrava do número do apartamento.

Então ele me emprestou dinheiro para voltar para casa. E fiquei lhe devendo alguns trocados. Fui para casa, pensamento distante. Estranha. Será que eu havia sido irrelevante? Melhor era não pensar em nada. Eu estava completamente encantada, mas já querendo estragar tudo. 

Chegando em casa, tomei um belo banho, me deitei novamente. Então imaginei como poderia pagar a minha dívida e agradecer ao melhor sono da minha vida. Dormi em meio a esses pensamentos e sonhei que ele estava ali ao meu lado me abraçando calorosamente, sua respiração em minha orelha esquerda...  Será que eu iria revê-lo? Só o tempo sabia. Mas parece que meu íntimo também sabia, pois nos meus sonhos, magnificamente, ele já estava...

6 comentários:

  1. Que vontade de dormir de conchinha!

    ResponderExcluir
  2. Entrou para a lista das minhas prediletas...Definitivamente esta é MAGNIFICA! ;)

    ResponderExcluir
  3. Ah, amiga! Magnífica é você!! =) Obrigada!

    ResponderExcluir
  4. acho que conheço essa história! hahaha

    ResponderExcluir
  5. nossa achei muito instigante.
    mas e então?
    rs

    adorei o blog,estou seguindo tbm
    bjs

    http://rob-umarosaazul.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir