4 de junho de 2012

{15} Dias Contados: Sem meias histórias.

Olá, pessoal! Hojé é segunda-feira, preparados para mais um post da Série Dias Contados? Primeiramente, gostaria de dar os "Parabéns!" para o Felipe Dias, hoje é aniversário dele! E no texto a seguir, talvez inspirado pelo aniversário dele, Danilo vai tomar uma decisão!

No último texto, Raquel deixou Danilo no restaurante aturando a cena de histeria da Laura. E agora, o que irá acontecer? Hoje, nosso protagonista vai colocar ex na parede e pede para ela explicar de uma vez por todas os pontos ocultos dessa gravidez. Enquanto isso, Raquel foi para a casa de Antonio... Só que o destino prepara uma surpresa para os protagonistas no final... É tempo de tomar decisões...

Fica aqui o convite para curtirem a página do blog no facebook (aqui do lado esquerdo). Continuem mandando suas dúvidas, sugestões e críticas para o email avidaemmiudos@gmail.com. Grande parte das mudanças que foram feitas foram sugestões vindas de vocês. Um grande beijo e boa leitura!


"Geralmente erra mais quem decide cedo do que quem decide tarde; mas, depois de tomada a decisão, é necessário recuperar o atraso da sua execução." - Francesco Gicciardini




- CHEGA! Não importa o que ela disse! – Tínhamos ido para casa dela para acalmar os ânimos. Laura apareceu com cara de choro na mesa e seu pai decidiu que ali não era lugar pra se conversar sobre (o meu) futuro. - Eu quero a verdade! Tem mesmo chance desse filho não ser meu? – Apesar de falar alto, acho que do quintal os pais dela não conseguiam me ouvir na sala. 

Não faça perguntas, as quais você não quer ouvir a resposta! E, de certa maneira aquela era uma delas. Não que eu quisesse Laura, mas queria o meu filho. Já tinha me conformado com o fato de que seria pai, e confesso que até nomes me vieram em mente. Rodrigo, Mateus. Eu até gostava de Antonio, mas  depois de tudo o que aconteceu... Se fosse menina: Marina, Júlia... Mas não queria ter um filho com aquela garota. Menina de mimada, medrosa, mesquinha... Sempre confiei muito nas pessoas. Quando amo então... Mas aquele não era momento para isso, tinha algo mal contado na história. Como me demorei a perceber isso! Talvez Raquel estivesse certa.

- Tem... – E foi ali que meu mundo desabou. Achei que tivesse feito as contas certas. Achei que seria pai. Achei que... Ela me contou sobre o outro. Na noite em que se embebedou, me ligou e se descuidou. A noite que dei o primeiro beijo em Raquel. Tinha feito uma escolha naquela noite, e nesta teria que tomar outra.

- Senhor, sua filha tem algo para te contar. – Nunca vi alguém engolir tanto seu orgulho e lágrimas para conseguir encarar a verdade de frente. Ela podia ser mimada, metida, menina. Mas naquele momento ela foi mulher. – Mas se esse filho for realmente meu. Eu assumirei. Mas não irei casar. Já tenho meus planos, Senhor, e não são ao lado de sua filha. – Apesar das mentiras e manipulações. Ainda tinha chances de ter responsabilidade no assunto. E não podia mais correr delas. Laura, ponto final. Tinha que resolver outro assunto: Raquel.

Saí para fazer uma caminhada, queria pensar melhor, me conectar de alguma forma com o que me lembrava de Raquel. Lá estava ela sentada no lugar que tinha me apresentado tinha um tempo. Ela dizia que aquele banco, aquele parque, e especificamente aquele luar (crescente) a acalmava. Pra variar tinha chovido a noite e várias poças se formaram pelo chão, mas mesmo com todo o barulho que causei chegando, ela não me notou, ou não se importou. Tinha um guarda-chuva ao lado e uma pedra na mão. Jogou, tinha mirado numa lixeira cercada por uma das poças. Água! Ela tinha fugido de tudo e de todos para tentar, ali, se encontrar.  E eu estava ali com o mesmo objetivo. Jogou outra pedra. Água! Sei que não era uma boa hora para isso, mas se não fosse naquele momento não teria outra oportunidade. Mais uma. Água! Remexeu-se no banco impaciente e jogou com mais força a quarta pedra... 

- Acertou, meu encouraçado. Ponto?!

- O que você está fazendo aqui? Como me achou? – Nem sequer me olhou. Fechou a mão com mais força sobre outra pedra. 

- Calma! A minha intenção não era a de encontrá-la pessoalmente, não agora. Mas já que o destino fez o seu trabalho... Eu quero conversar, guarde as pedras para a lixeira! – Quase, ela quase conseguiu não sorrir, mas vi no cantinho do seu rosto uma pressão enorme para não deixá-lo sair. Teimosia que conhecia bem.

- Decidiu tomar uma atitude? Porque tomar vinho, , ficou meio difícil depois de derramá-lo todo em mim!-  Fechou a cara de novo. Sua maquiagem estava borrada. Sentei-me. Ela olhou por cima dos ombros, como se procurasse alguém. – Uai, e não trouxe sua princesinha a tiracolo? 

- Não, já passou da meia noite, ela já virou gata borralheira. Ou, melhor, BRUXA!

- Ela sempre foi... 

Rimos. Silêncio. Acho que ela tinha razão. Acho que o decote e o afeto demasiado que ela me dava me cegaram. 

- Não vou me casar com ela. 

- Sééério? - Irônica. Virou-se de costas. 

- E o filho pode não ser meu. 

- Juuura? – Irônica outra vez. Encarou-me. - Ela... 

- Mentiu... – E contei o que sabia. Ela me olhou nos olhos enquanto eu contava. Não tinha dúvidas que ela já sabia, ou desconfiava, disso. Também contei a minha decisão. Ela não se assustou. Tinha feito escolhas ruins, agido como um covarde e até errado diretamente com ela. Mas nunca tinha parado de pensar nela. Sabia que para tê-la teria que sobrepujar o outro. E mostrar que tinha mudado, que tinha me decidido. Tinha (tínhamos) que deixar o passado para trás. E quando terminei, ela me deu um soco no ombro. 

- Isso é por ter acreditado naquela bruxa!

Deu-me outro soco no outro ombro: 

- Isso é por ter derramado vinho em mim hoje. 

Beijei-a. 

- Isso é por abrir os meus olhos. Obrigado. 

Do quente ao frio. Mesmo tendo se segurado decididamente, ela se soltou, quase num empurrão. Olhou-me nos olhos. Pegou o guarda-chuva e fez menção em se levantar. Segurei-a pela mão. Vi passar diante dos meus olhos tudo que já havia passado com aquela mulher. Boas e ruins, as memórias vieram. E no fim, sorri. Minha mãe sempre disse que só se vale a pena continuar num namoro quando ele dá mais prazer do que trabalho. Ela me fazia bem. Engraçado, nem namorando estávamos! Meses ao lado daquela menina e nunca havia reparado realmente: Ela mal usava anéis, mas naquela noite havia um em seus dedos. E no dedo errado, almejava. Era uma aliança. 

- Solte-me, por favor. – Ela abaixou a cabeça. Havia um peso ali que ela não conseguia mais carregar. Fraquejou ao dizer – Tenho que ir... 

- Não vou soltá-la. – Levantei-me. Subi uma de minhas mãos pelos seus braços e parei em seu rosto. Fiz um carinho em sua bochecha. Puxei-a para mais perto com a outra. Olhei no fundo dos seus olhos e não sorri. Não havia espaço para brincadeiras. Não havia mais tempo para deixar passar. – Chega de meias histórias! Raquel Fernandes, quer ser minha namorada?

10 comentários:

  1. AÊÊÊÊÊ! Finalmente, hein, Danilo? Tava mais que na hora! Agora sim, talvez eu comece a simpatizar com você! (Talvez...) kkkk

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    1. Pois é, prima, agora é esperar a resposta da Raquel! Ela está um pouco confusa. Aliança numa mão e a mão de Danilo na outra. E agora? Mas eu também gostei dele ter tomado uma atitude.

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  2. A neeem, aí não né ! Só agora? e vai ser mole assim? o cara sai com a pseudo-ex-namorada grávida e a simples suspeita que não é o pai já resolveu tudo? e derramar vinho tb é de boas? e o escândalo? é isso que você quer da sua vida Raquel? Sei que o Antônio também mexe com você....tá com os dois na mão, sei não...vale negociar?

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    1. Alice! Boa tarde! O texto terminou dessa forma por causa disso. Agora não sei o que responder para o Danilo, ele se demorou e realmente estou achando que Antonio pode ser uma boa companhia. Também não sei se conseguirei lidar bem com a situação se Danilo for realmente o pai da criança que a megerinha está esperando. Tenho meu planos e eles são muitos! E meu curso está ficando complicado... Acho que preciso respirar novos ares: da noite! E não tem coisa melhor do que me aliar às amigas. Bom, e você sabe que eu não sou morna, então... Vem coisa por aí!!

      Um beijo da Raquel.

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    2. Alice! Vi sua proposta, me passe seu contato (email) para combinarmos o texto da amiga da Raquel. Beijinhos! =)

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    3. Vou te mandar no facebook ^^

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  3. Que bacana as mudanças por aqui, Fê! E que legal que também aderiu ao Disqus, acho o melhor sistema de comentários, pq permite acompanhar as respostas por e-mail, e pá. Muito bom!

    Meus dias não estão muito diferentes, na verdade, nunca andaram tão atarefados, corridos, atolados... mal tenho tempo pra atualizar a Toca.

    Tô atrasada em alguns contos daqui :( Mas tá na lista de coisas pra fazer assim que aliviar!

    Obrigada por passar pela Toca apesar do tempo curto ^^

    Beijos,
    Thamy
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    1. Thamy!! Eu não sei como que eu coloquei o Disqus, mas tô gostando!

      Eu imaginei mesmo que você estivesse com alguns problemas com o tempo corrido!!

      Aguardarei seus próximos comentários. Tirei algumas ideias para a nova cara do meu blog do seu!

      Beijos!!

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  4. Adorei a nova cara do Blog!!! Parabéns.
    Gostaria de saber como a pessoa pode acompanhar os comentários por email... gostaria de saber como migrar o facebook aos comentários tb.
    Beijos!
    Theka.
    http://comigomesmasim.blogspot.com.br/

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    1. Olá, Theka! Eu tbm estou amando a nova cara do blog, foi um tempinho de testes e estou gostando dos comentários positivos a respeito! huhuhu

      Hum, eu realmente não sei te dizer como que eu mudei tudo, mas peguei umas dicas na internet sobre como montar um blog de sucesso!

      Não tenho os links mais, pq visitei muitos lugares e blogs tbm.

      Mas você irá achar coisas muito legais em publicações direcionadas para blogueiros.

      Um grande beijo!!

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