Manuela foi pra balada, como num
final de semana qualquer. Estava ela com seu vestido preto de matar, maquiagem
bem feita, seu salto quinze e na bolsa seu inseparável Halls preto. Enquanto
dançava, observando a sua volta, avistou um cara interessante, nada desses
playboys filhos de papai, desses ela já tinha se cansado há muito tempo. Ele estava encostado no balcão, tomava uma dose de whisky enquanto se divertia assistindo seus amigos investindo umas
cantadas num grupo de garotas que estava do lado. Logo apareceu uma das amigas
para conversar com ele, mas, na hora que começou a conversa, Manu lançou um
olhar penetrante para o cara que, definitivamente, não conseguiu ficar
indiferente àquela moça de feições fascinantes e movimentos de bailarina.
Engraçado era que enquanto
conversava com a loirinha com cara de boneca, desviava seu olhar várias vezes
para Manuela. Então, ele percebeu a jovem se aproximar com uma amiga para pegar uma
bebida, tequila, claro! “Abajo, arriba,
al centro, adentro!”, fez sumir o conteúdo daquele copinho e também a
falta de atitude do rapaz, que, educadamente, se afastou da loira e foi falar com
a morena de olhar hipnotizante.
- Um whisky. E uma água para
essa moça do meu lado, por favor. – Ele pediu para o barman, entregando o cartão
para que ele pudesse marcar o que fora pedido. Foi então que Manuela, debruçada
no balcão, enquanto jogava seu cabelo para o lado, percebeu que a água era para
ela.
- Água para mim? Como eu posso
aceitar algo de alguém que nem sei o nome?
- Foi por isso mesmo que pedi a
água. Para ter a oportunidade de me apresentar e me assegurar de que se
lembrará do meu nome amanhã. Tomando tequila, acho que corre o risco de se
esquecer do seu próprio nome. – Ele disse desenroscando a tampa da garrafa de
água e a entregando para Manuela. Descobriu como se chamava porque ela usava um
daqueles colares com o nome da pessoa. – Bom, Manuela, aceita a água de um cara
chamado Lucas?
- Hum... Obrigada, Lucas! – Ele estava
certo, tequila levava a razão dela para outro mundo! Aceitou a água. Ponto para
Manu! Tanto olhou que o cara estava ali do seu lado se aprochegando.
O jogo da conquista é algo
realmente envolvente. É um jogo e se você não souber jogar, está fora, porque
sempre aparece alguém que está disposto a jogar com quem o iniciou.
Lucas e Manuela ficaram
conversando durante muito tempo encostados no balcão, falaram sobre gostos,
faculdade, trabalho, expectativas e até sobre seus animais de estimação! A cada
palavra que ela dizia, ele se sentia mais envolvido, olhava aqueles
lábios se movendo e queria estar entre eles. A cada toque dele no rosto de
Manuela, ela sentia um arrepio subindo por sua espinha, queria sentir seus
braços em torno de seu corpo. Estavam totalmente embalados pelo encantamento
momentâneo. Como é difícil encontrar pessoas assim, ainda mais em balada! Foram
para a pista dançar, ela com passos de bailarina, leve, linda e solta. Ele todo
destrambelhado, fazendo aquilo só para estar ao seu lado. Num dos passos,
Manuela se desequilibrou e Lucas a envolveu em seus braços firmes. Então eles
se beijaram. Foi um beijo intenso, vigoroso, que fez os pensamentos dos dois
irem para um mesmo lugar: a cama.
Se afastaram, ele tentando se
segurar e controlar seus impulsos masculinos, não podia ficar tão excitado daquele
jeito com um único beijo, ela ia se assustar! Ela deu um passo para trás
rapidamente, não podia ficar tão mole e enroscada no pescoço do cara assim, de
primeira! Mas a cada novo beijo, ficava cada vez mais difícil de se
controlarem. A química que rolava entre os dois era incomum! Tinham que se
encontrar naquela noite. Nasceram para aquilo.
Ele se ofereceu para levá-la em casa, não me perguntem o porquê, mas ela aceitou, sentiu que podia confiar nele. Durante o caminho,
trocaram beijos, toques, ele esbarrava no joelho dela enquanto passava a
marcha. "Droga!". Ele não conseguia pensar nela sem que se passassem em sua cabeça
cenas de sexo ardente!
Chegando na porta da casa de Manuela, trocaram mais amassos.
Ela queria, ele queria. Os dois queriam. Ele já estava pronto para levá-la para
outro lugar. Ela se questionava o que ele iria pensar dela se rolasse no
primeiro encontro. Será que ia sumir? Será que ia rotulá-la de fácil? Ou será
que só seria? Mulheres têm que controlar o seu querer nessa hora ou não? Foram
parar num motel.
Entre sussurros, mãos, pernas, cabelos, desejos, odores, suor
e tesão, eles se espalharam pela cama redonda, rodeada de espelhos. Lucas
olhava todos os ângulos da performance, e apreciava cada detalhe de Manu. Ela
não podia ser real. Por cima, por baixo, onde quer que estivesse, era
perfeita e provocava frenesi no corpo do rapaz, era uma máquina! Então,
exaustos, chegaram ao ápice e, em meio a espasmos, descansaram com olhos nos
olhos. Se abraçaram.
Manuela precisava ir embora. Ele a levou em casa, e no
caminho, pareciam se conhecer a anos...
Na porta de seu prédio, ela se despediu de Lucas, rapidamente, e passou seu
número de celular.
Subiu. Deitou em sua
cama. Estava em seu quarto sã e salva, não salva de seus pensamentos: Tinha dormido
com um desconhecido. Se sentia satisfeita, desejável, envergonhada, usada e
promíscua. Será que ele ia ligar marcando um encontro? Apagou. Eram sete horas
da manhã. A hora certa para não pensar naquilo. E Lucas? Está em sua casa dormindo. Também.
Aqui ficam algumas considerações: Existe hora certa para ir para a cama com ele? Bom, existe a
ocasião. Se você se sente preparada para fazer sexo de primeira, faça, mas com
responsabilidade: Use camisinha, esteja tomando anticoncepcional e no mais,
esteja segura dessa postura. Se for bom, o cara provavelmente vai entrar em
contato novamente. Se for mais ou menos, talvez ele te procure numa ocasião
qualquer. Se for ruim, preciso falar? Ainda mais, um cara que julga uma mulher
de “vadia” por "dar" no primeiro encontro, sinceramente, é um ogro! Tenho dó da
mulher que estiver com ele. Quando acontece de “ceder” de primeira, na
maioria das vezes, não significa que a mulher é promíscua, mas sim que o cara
foi tão bom e especial que a fez ter vontade de ir pra cama com ele (e na maior parte das vezes eles não percebem isso!). E tenho
dito!
Pois é, nem sempre quando a mulher cede no primeiro encontro é uma "vadia". Alguns homens conseguem realmente conquistar uma mulher e quando isso acontece, pode rolar... beijinhos
ResponderExcluirte seguindo, ta?
http://aquifofura.blogspot.com.br/