17 de abril de 2012

A Hora Certa - Sexo no primeiro encontro


Recebi no e-mail a pergunta de uma leitora, que, resumindo é a seguinte: "Existe hora certa para ir para a cama com alguém?". Bom, ela já vem saindo com esse cara e se viram umas três vezes, só que a tensão sexual entre os dois parece ser bem intensa e ela está louquinha com a situação. O post de hoje é uma história que vai ilustrar uma situação semelhante e após a história vêm as considerações finais. E aí, você acha que mulher que faz sexo no primeiro encontro é vadia? Leia o texto e, quem sabe, o seu conceito pode mudar...

Gostaria de lembrar que este blog é feito para e pelos leitores. Sem suas sugestões de temas, dúvidas e críticas, ele não existiria! Continuem participando mandando e-mails para avidaemmiudos@gmail.com. Boa leitura!


"Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra  a de os satisfazermos." - Oscar Wilde


Manuela foi pra balada, como num final de semana qualquer. Estava ela com seu vestido preto de matar, maquiagem bem feita, seu salto quinze e na bolsa seu inseparável Halls preto. Enquanto dançava, observando a sua volta, avistou um cara interessante, nada desses playboys filhos de papai, desses ela já tinha se cansado há muito tempo. Ele estava encostado no balcão, tomava uma dose de whisky enquanto se divertia assistindo seus amigos investindo umas cantadas num grupo de garotas que estava do lado. Logo apareceu uma das amigas para conversar com ele, mas, na hora que começou a conversa, Manu lançou um olhar penetrante para o cara que, definitivamente, não conseguiu ficar indiferente àquela moça de feições fascinantes e movimentos de bailarina.

Engraçado era que enquanto conversava com a loirinha com cara de boneca, desviava seu olhar várias vezes para Manuela. Então, ele percebeu a jovem se aproximar com uma amiga para pegar uma bebida, tequila, claro! “Abajo, arriba, al centro, adentro!”, fez sumir o conteúdo daquele copinho e também a falta de atitude do rapaz, que, educadamente, se afastou da loira e foi falar com a morena de olhar hipnotizante.

- Um whisky. E uma água para essa moça do meu lado, por favor. – Ele pediu para o barman, entregando o cartão para que ele pudesse marcar o que fora pedido. Foi então que Manuela, debruçada no balcão, enquanto jogava seu cabelo para o lado, percebeu que a água era para ela.

- Água para mim? Como eu posso aceitar algo de alguém que nem sei o nome?

- Foi por isso mesmo que pedi a água. Para ter a oportunidade de me apresentar e me assegurar de que se lembrará do meu nome amanhã. Tomando tequila, acho que corre o risco de se esquecer do seu próprio nome. – Ele disse desenroscando a tampa da garrafa de água e a entregando para Manuela. Descobriu como se chamava porque ela usava um daqueles colares com o nome da pessoa. – Bom, Manuela, aceita a água de um cara chamado Lucas?

- Hum... Obrigada, Lucas! – Ele estava certo, tequila levava a razão dela para outro mundo! Aceitou a água. Ponto para Manu! Tanto olhou que o cara estava ali do seu lado se aprochegando.

O jogo da conquista é algo realmente envolvente. É um jogo e se você não souber jogar, está fora, porque sempre aparece alguém que está disposto a jogar com quem o iniciou.

Lucas e Manuela ficaram conversando durante muito tempo encostados no balcão, falaram sobre gostos, faculdade, trabalho, expectativas e até sobre seus animais de estimação! A cada palavra que ela dizia, ele se sentia mais envolvido, olhava aqueles lábios se movendo e queria estar entre eles. A cada toque dele no rosto de Manuela, ela sentia um arrepio subindo por sua espinha, queria sentir seus braços em torno de seu corpo. Estavam totalmente embalados pelo encantamento momentâneo. Como é difícil encontrar pessoas assim, ainda mais em balada! Foram para a pista dançar, ela com passos de bailarina, leve, linda e solta. Ele todo destrambelhado, fazendo aquilo só para estar ao seu lado. Num dos passos, Manuela se desequilibrou e Lucas a envolveu em seus braços firmes. Então eles se beijaram. Foi um beijo intenso, vigoroso, que fez os pensamentos dos dois irem para um mesmo lugar: a cama.

Se afastaram, ele tentando se segurar e controlar seus impulsos masculinos, não podia ficar tão excitado daquele jeito com um único beijo, ela ia se assustar! Ela deu um passo para trás rapidamente, não podia ficar tão mole e enroscada no pescoço do cara assim, de primeira! Mas a cada novo beijo, ficava cada vez mais difícil de se controlarem. A química que rolava entre os dois era incomum! Tinham que se encontrar naquela noite. Nasceram para aquilo.

Ele se ofereceu para levá-la em casa, não me perguntem o porquê, mas ela aceitou, sentiu que podia confiar nele. Durante o caminho, trocaram beijos, toques, ele esbarrava no joelho dela enquanto passava a marcha. "Droga!". Ele não conseguia pensar nela sem que se passassem em sua cabeça cenas de sexo ardente!

Chegando na porta da casa de Manuela, trocaram mais amassos. Ela queria, ele queria. Os dois queriam. Ele já estava pronto para levá-la para outro lugar. Ela se questionava o que ele iria pensar dela se rolasse no primeiro encontro. Será que ia sumir? Será que ia rotulá-la de fácil? Ou será que só seria? Mulheres têm que controlar o seu querer nessa hora ou não? Foram parar num motel.

Entre sussurros, mãos, pernas, cabelos, desejos, odores, suor e tesão, eles se espalharam pela cama redonda, rodeada de espelhos. Lucas olhava todos os ângulos da performance, e apreciava cada detalhe de Manu. Ela não podia ser real. Por cima, por baixo, onde quer que estivesse, era perfeita e provocava frenesi no corpo do rapaz, era uma máquina! Então, exaustos, chegaram ao ápice e, em meio a espasmos, descansaram com olhos nos olhos. Se abraçaram.

Manuela precisava ir embora. Ele a levou em casa, e no caminho, pareciam se conhecer a anos...  Na porta de seu prédio, ela se despediu de Lucas, rapidamente, e passou seu número de celular.  

Subiu.  Deitou em sua cama. Estava em seu quarto sã e salva, não salva de seus pensamentos: Tinha dormido com um desconhecido. Se sentia satisfeita, desejável, envergonhada, usada e promíscua. Será que ele ia ligar marcando um encontro? Apagou. Eram sete horas da manhã. A hora certa para não pensar naquilo. E Lucas? Está em sua casa dormindo. Também.

Aqui ficam algumas considerações: Existe hora certa para ir para a cama com ele? Bom, existe a ocasião. Se você se sente preparada para fazer sexo de primeira, faça, mas com responsabilidade: Use camisinha, esteja tomando anticoncepcional e no mais, esteja segura dessa postura. Se for bom, o cara provavelmente vai entrar em contato novamente. Se for mais ou menos, talvez ele te procure numa ocasião qualquer. Se for ruim, preciso falar? Ainda mais, um cara que julga uma mulher de “vadia” por "dar" no primeiro encontro, sinceramente, é um ogro! Tenho dó da mulher que estiver com ele. Quando acontece de “ceder” de primeira, na maioria das vezes, não significa que a mulher é promíscua, mas sim que o cara foi tão bom e especial que a fez ter vontade de ir pra cama com ele (e na maior parte das vezes eles não percebem isso!). E tenho dito!

Um comentário:

  1. Pois é, nem sempre quando a mulher cede no primeiro encontro é uma "vadia". Alguns homens conseguem realmente conquistar uma mulher e quando isso acontece, pode rolar... beijinhos

    te seguindo, ta?

    http://aquifofura.blogspot.com.br/

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