Afinal, o que é amor?

Olá, pessoal! Ontem, no meu  facebook, um amigo sugeriu que eu tenho coração de pedra (já que nunca namorei). Levei pro lado pessoal e fiz um texto sobre, na minha concepção, o que seria amar. Mas não da forma vulgar, mas sim o amor, AMOR! Esse sol que irradia dentro de nós e nos faz acreditar na bondade das pessoas.

Gostaria de convidá-los a curtirem a página do "A vida em miúdos" no facebook (nessa caixinha aqui do lado esquerdo, oh!) e também aguardo suas sugestões, críticas, dúvidas no email avidaemmiudos@gmail.com. Um grande beijo e espero que gostem.

E para você, o que é amor? (Comente!!)

"Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar." - Laure Conan

Ela estava sentada à mesa de um bar, moça bonita de olhar sereno. Sua postura transmitia seriedade. Quando ali adentrou, vários olhares curiosos se voltaram em sua direção: sozinha, bem vestida, séria. Caminhou por entre as mesas e sequer olhou para os lados. “Ela deve estar esperando por alguém!”, a maioria dos curiosos pensou. Mirou a mesa mais próxima à calçada, com luz baixa e som agradável, sentou-se.

Prontamente, um garçom veio atendê-la, pediu uma dose de whisky dos bons e uma garrafa de água. O tempo ia se passando e os casais que estavam ao seu redor já sentiam solidariedade pela moça, devia ter levado um “bolo”, seu parceiro não chegava nunca para o seu encontro! Mas por que ela sorria enquanto entornava o conteúdo amarronzado em sua garganta?

Retirou um livro da bolsa e desligou o celular. “Tenho o direito de estar acompanhada de mim mesma!”, respondeu para o mundo sem perceber, causando grande desconforto no local.

Admirado com a presença dessa mulher “sozinha” no recinto, um rapaz se aproximou, fazendo com que ela desviasse seus olhos do livro, deixou um guardanapo em sua mesa com a seguinte pergunta: “Afinal, o que é amor? - Marcos”. Ela riu-se e dobrou o guardanapo. Pediu a conta e o garçom veio com mais uma pergunta: “O dono da casa pediu para lhe perguntar: por que você está sozinha numa noite tão bela?”.  Ela respondeu: “E quem disse que eu estou sozinha? Isso é amor, diga a ele.”. Pagou a conta e saiu.

Chegando em casa, retirou o guardanapo de seu bolso, pegou seu caderno e uma caneta e colocou-se a escrever. “Afinal, o que é amor?”.

“Amar é ter confiança, primeiramente em si mesmo. Autoestima. É ser uma boa companhia para si, viver em paz com seus pensamentos. É esse sol que ilumina tudo ao seu redor, essa energia capaz de transformar o mundo em um lugar melhor, lágrimas em perfume.

Não falo aqui do amor no sentido vulgar “homem e mulher”, mas sim de qualquer forma de amor.

É entender que tudo na vida tem a sua hora certa. É não deixar esse sentimento represado e acalentar aqueles que estão à espera de uma palavra amiga, um gesto de carinho, um abraço de conforto. É perceber no outro, acima de tudo, suas virtudes. É perdoar: dar a você e ao outro "mais uma chance".

Amar é fazer com o outro aquilo que gostaria que fizessem com você.  Esse sentimento não se orgulha, se expande. Quando trilhamos o seu caminho, é impossível voltar para o ponto de partida. É uma jornada que só nos afasta de nossos impulsos, emoções primitivas. Do julgamento, do orgulho, da indiferença e do egoísmo.

O amor não aprisiona, tem pessoas que confundem amar com aprisionar. Isso é pura vaidade! O amor liberta. Ele faz te sentir bem na presença do outro, quem ama não tem tempo para “jogar” com o sentimento do outro, isso é egoísmo. Amar é não medir esforços, é deslumbrar entusiasmo. É querer estar feliz e ver o outro feliz acima de tudo.

Felicidade. O amor é um sentimento que gera alegria e contagia todos que convivem com você. Inclusive aquele cara ranzinza do trabalho que nunca te dá bom dia. Amor é viver é constante felicidade! É saber conviver e o que fazer com sua liberdade e com sua subjetividade, mesmo que os outros não entendam. É  poder deitar a sua cabeça no travesseiro e dormir bem com suas ações. É viver em paz.”.

Ela então, fechou o caderno. Deixou a caneta de lado. Se arrastou até o quarto, vestiu seu pijama mais confortável. Beijou seus pais e seus irmãos em pensamento. Agradeceu por mais um dia. “O amor pode estar debaixo do seu nariz!”, pensou. E se decidiu que “amanhã” iria dar uma resposta a alguém que tinha deixado o guardanapo em sua mesa. Afinal, o que é amor?