21 de junho de 2012

{20} Dias Contados: Pelos olhos de Elisa.

Olá, pessoal! Hoje é dia de Dias Contados! Nas últimas histórias vocês puderam conhecer um pouco mais dos mundos de Raquel e Danilo, seus amigos, inclusive! Também descobrimos um segredo: Elisa e Danilo já tiveram um envolvimento no passado. Será esse o motivo de tanta implicância da moça pelo rapaz? E por que será que Elisa nunca mencionou esse relacionamento com Danilo? 

Visto que esta história não pode passar despercebida e sem colocarmos uns pingos nos "is", temos aqui a história da festa em que Raquel foi, quando vocês conheceram Elisa, Lúcia e Ívina. A história foi escrita pela minha querida prima Erica que está, adivinha onde? Isso mesmo, nos EUA! E vai inspirar bastante as histórias de Raquel daqui para frente. O post de hoje, então, é o ponto de vista de Elisa a respeito dos fatos ocorridos. 

Deixo o convite para curtirem a página do blog no facebook para participarem das promoções e novidades! Também continuem mandando suas sugestões, críticas e dúvidas para o email avidaemmiudos@gmail.com. Prometo que respondo rapidinho e tudo o que puder ser publicado, será! Pois este blog existe por causa de vocês que acompanham e para vocês! Um grande beijo e espero que gostem de Elisa!

"Não há segredos que o tempo não revele." - Jean Racine.



Eu tenho um amor. Um amor perfeito: ele me relaxa, me faz ficar de pernas bambas, me faz esquecer do mundo à minha volta... Ele faz tudo parecer muito mais divertido, me compreende, não aponta meus defeitos, não faz cobranças... É, meu amor é perfeito... Ah, o nome? José. Sobrenome? Cuervo.

Joguei a cabeça pra trás, minha franja varreu meu rosto enquanto meus olhos tentavam se fixar em um ponto... Passei os dedos pela boca úmida e olhei à minha volta: Nunca tinha reparado como o mundo era lindo... Brilhoso, colorido...

E como ele gira rápido, né?

- Queeeeel – minha voz estava engraçada – Se você sumir de novo, te dou uma surra! – larguei o copo sobre o balcão e me virei, apoiando os cotovelos no mesmo enquanto o planeta resolvia dar mais um de seus giros repentinos.

Engraçadinho.

Passei a mão pelo rosto afastando a franja e comecei a procurar – Quel? - olhei ao redor: seres humanos desfocados e coloridos dançavam, riam e emitiam sons desconexos – Quel? – uma pontadinha de desespero começou a se agitar no meu estômago – Quel! - desencostei do balcão e me estiquei tentando ver por cima da confusão de rostos: nem sinal – Porra, Raquel!

- Se me acompanhar nessa, é por minha conta! – me virei e dei de cara com a mais perfeita combinação de dentes brancos, olhos verdes, músculos e gola V.

"Terra, você está me irritando com essas piruetas.".

Um gesto com a mão fez surgir um par de copinhos cheios do meu amado “Zé”, que agora dava solavancos realmente fortes na minha barriga, fazendo um arrepio percorrer meu corpo e minha garganta arder.

Preciso achar a Quel...

O deus grego pós-moderno levantou um dos copinhos e uma mão muito parecida com a minha, de um braço muito parecido com o meu, fez o mesmo.

Ela tava do meu lado direito... É direito? É, da mão que eu escrevo...

A mão parecida com a minha, do braço parecido com o meu estavam grudados num corpo muito parecido com o meu e levaram a bebida até os lábios.

Pra lá tem a pista... Putz, vai ser foda...

O calor desceu na garganta se espalhando pelo corpo. Limão. Apertei os olhos e joguei a cabeça para trás, respirando fundo.

Depois tem... A varanda... É isso!

Tornei a encarar a encarnação da perfeição à minha frente.

-Valeu – e me virei, mergulhando no mar de gente à nossa direita.

Os minutos que se seguiram foram de mais completa confusão: me sentia a própria "Lucy In The Sky With Diamonds". Luzes, sons, rostos, braços, pés... Muitos pés... De onde vieram tantos pés? Tropeçando, empurrando e esbarrando um bocado e plantando a sementinha da discórdia na boate eu finalmente alcancei a varanda e... Lá estava!

- Ei! Quer porcaria foi essa de me largar lá sozinha? – me aproximei pisando firme – Se você ainda tá mal por causa daquele non sense do Danilo, pelamor! – ela tinha... alguma coisa na mão?- A ideia foi sua de vir aqui e... – estanquei olhando pro aparelhinho nas mãos de Raquel. Nada contra o celular, mas absolutamente tudo contra o nome escrito nele...

- Sério que você vai ficar assim? Eu só... 

- Só? Bom, foi exatamente o que você fez comigo no bar: me deixou só-zinha. Acabei de dispensar Apolo em carne e osso, que acaba de me pagar uma tequila, SÓ pra te procurar! Porque uma amiga não deixa a outra vagando com meia garrafa de Jack Daniels na cabeça depois de um episódio de Malhação ter rolado na vida dela. SÓ por isso! Aí você me abandona all by myself pra correr atrás do bundão que virou sua cabeça, fez você esquecer das amigas, aturar desaforo de patricinha mimada e, de quebra, grávida sabe-se lá de quem! Bonito! 

- Lisa... – ela estava miando de novo... Ela sempre mia quando fica bêbada. Seus braços agora pendiam ao lado do corpo e uma das mão segurava de um jeito frouxo o celular – Eu... Eu não sei, eu só queria falar com ele e...
- Falar o quê, criatura? Meu pai eterno, não bebi o suficiente pra isso!

- Falar... Falar! Falar sei lá o quê, Elisaaa! – olha a “’água que passarinho não bebe” dando as caras - Ah, esquece! Me mostra o lá tal gato que você dispensou! Talvez ainda dê tempo de rearranjar o fora em um joguinho de sedução onde a mocinha se faz de difícil... – ela definitivamente não estava em seu juízo perfeito...

- Tsc... Deixa pra lá! Até porque, no mundo do meu amado José Cuervo nunca se pode confiar nas aparências: um deus grego no dia seguinte pode ser o rascunho do mapa do inferno! – as duas riram alto e nosso querido planeta azul deu mais uma de suas piruetas.

- Apareceram! O que é tão engraçado? – Lúcia desfilava elegantemente sobra a meia pata de salto dez. Como ela conseguia parecer modelo em qualquer situação? – Tava procurando vocês... – Ela levou seu copo à boca, sempre sorrindo. Os olhos tão pequenos que pareciam estar fechados.

- Uai, você parecia estar se divertindo horrores com um certo indivíduo...

- Lisa, que isso! – miou Raquel - A Lú é aspirante a médica, só tava fazendo um boca-a-boca no coitado! Tá tão lotado isso aqui que é muito fácil perder o fôlego! - A varanda explodiu em risadas exageradas e cambaleou algumas vezes.

- Ó, gente, não sei vocês, mas eu vou é dançar! – falei.

- Bora! – responderam ao mesmo tempo.

E daí pra frente sei lá o que rolou, só sei que foi exatamente o que a gente tava precisando: risadas, descontração, música, dança... E o resto é o resto! Que fique no seu cantinho esperando a vez do grupo realidade voltar a entrar em cena.

3 comentários:

  1. Adorei ! Minha melhor amiga se chama Elisa e consigo nos imaginar muito em uma cena dessas ! ri pacas ! Beijos

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    1. Excluí o comentário anterior pq na vdd era pra ser uma resposta pra vc. Então vamo lá escrever de novo: Obrigada! (pelo "adorei", parece que até que eu to escrevendo bem! Kkk). Me inspirei em duas primas minhas nessa cena, uma pra Raquel (adivinha quem? Kkk) e uma pra Lúcia. O que a gente mais tem é motivos pra rir pacas! Kkkkk Beijinho =*

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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